O São Paulo pagou caro nesta quarta-feira (2) pela decisão da diretoria de barrar, de última hora, o zagueiro Paulo Miranda, vilão da eliminação no Campeonato Paulista. Exatamente onde deveria estar o defensor, no lado direito da área, é que apareceu Roger para cabecear sozinho e fazer o gol da vitória da Ponte Preta, por 1 a 0, em Campinas, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. A nova formação, com Rhodolfo e Edson Silva, não havia sido treinada.
Outro vilão da derrota para o Santos, domingo, no Morumbi, o goleiro Denis se redimiu nesta quarta-feira. Foram pelo menos quatro defesas difíceis, que impediram que a Ponte goleasse um São Paulo perdido em campo, especialmente no segundo tempo. Outras duas bolas acertaram a trave.
O resultado obriga o São Paulo a vencer por dois gols de diferença no Morumbi, quinta-feira que vem, no jogo de volta, no Morumbi. Com a vantagem do empate, a Ponte deve se fechar atrás, exatamente no esquema tático contra o qual o São Paulo mais tem dificuldade.
O jogoO São Paulo iniciou o jogo com quatro mudanças em relação ao time que perdeu do Santos. Uma delas era natural: Luis Fabiano, voltando de suspensão, no lugar de Willian José. Outras duas, opções do técnico Emerson Leão: Douglas estreando na vaga de Piris e Fernandinho substituindo Jadson. Por decisão da diretoria, Paulo Miranda foi barrado, retirado da concentração a contragosto de Leão. Edson Silva foi promovido a titular.
Com tantas mudanças, o São Paulo não se encontrou. Rhodolfo teve que mudar de lado, Cortez subiu menos (porque na direita agora também tem um lateral ofensivo), Cícero foi adiantado, virando armador, e Lucas voltou a ficar isolado na ponta. E os jogadores tricolores tiveram dificuldade para achar seus lugares em campo.
A opção ofensiva de Leão e o desentrosamento do São Paulo fizeram o primeiro tempo ser movimentado, com três bolas na trave. A primeira foi com Cícero, logo no primeiro minuto. Aos 9 Caio chutou de longe, encobriu Denis e carimbou o travessão. Pouco depois, Roger também acertou o poste.
Os goleiros também tiveram que trabalhar. Denis pegou um perigoso chute de longe de Caio; Bruno Fuso desviou com a ponta dos dedos chute cruzado de Luis Fabiano e depois espalmou falta cobrada com força por Denilson.
No segundo tempo, a Ponte passou a confiar mais no seu potencial e foi para o ataque. Como resultado, só ela jogou. Não fosse Denis, teria sido uma goleada ponte-pretana. O time da casa, porém, só conseguiu fazer um gol, aos 17 minutos. Cicinho cruzou da direita, Rhodolfo estava mal posicionado e deixou Roger livre para cabecear sem chances para Denis.
A partida também confirmou a 'caça às bruxas' no São Paulo. Osvaldo e Rodrigo Caio, que entraram no segundo tempo contra o Santos, foram barrados até do banco de reservas, por decisão de Emerson Leão. Jadson, relegado à reserva, não entrou em campo mesmo com a partida sofrível do ataque tricolor. O treinador preferiu dar chance a Maicon. Até Cortês, que não havia sido substituído nenhuma vez na temporada saiu, dando lugar ao centroavante Willian José.
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