Ganso é visto como trunfo na seleção
Otimista com os rumos da seleção brasileira para ele o Brasil tem o costume de superar as dificuldades quando disputa um Mundial , o ex-atacante Bebeto aposta que há uma carta na manga do técnico Luiz Felipe Scolari para 2014.
"Todo mundo esqueceu do [Paulo Henrique] Ganso. Ele vai chegar em condições para a Copa. Joga muita bola. Esse tempo parado, mais de um ano, prejudicou demais", afirmou, profetizando que o ex-parceiro de Neymar no Santos voltará a ganhar destaque com a camisa verde-amarela.
Contrário à troca de treinador, Bebeto culpa a falta de paciência tupiniquim pela queda de Mano Menezes e a volta do gaúcho Felipão ao trono da equipe pentacampeã. Ele não teria feito a troca.
"O Mano teve de testar muita gente, era momento de renovação. Isso é difícil. Acabou derrubado porque os resultados não vieram. Somos muito imediatistas", reclamou.O comandante demitido, porém, tem méritos exaltados pelo ex-atacante. Na opinião dele, a defesa da seleção está montada. "Falta arrumar do meio para a frente". (SG)
Rio de Janeiro - Falar de seleção brasileira é falar de Neymar. Assim que a amarelinha virou assunto em uma roda de conversa com o ex-atacante Bebeto e o meia botafoguense Clarence Seedorf, o nome do astro santista tomou a dianteira. Mas não somente pelo desempenho dele no empate por 2 a 2 com a Itália, na quinta-feira.
O coro pela ida da cria do Peixe para a Europa ganhou mais dois tons. O pentacampeão mundial torce para que a transferência surja o quanto antes. O atleta do Suriname, naturalizado holandês, é mais cauteloso: vê benefícios com a viagem do ainda garoto meia-atacante, mas sem forçar a barra.
"Já está chegando a hora de Neymar ir para a Europa. Ele é jovem, ainda em início de carreira, tem muito a crescer com essa experiência", defendeu Bebeto, em evento no Rio de Janeiro para divulgar a exposição da taça da Liga dos Campeões pelo Brasil, neste fim de semana, na Cidade Maravilhosa.
O inventor do gol "nana-nenê" usa a própria experiência para defender a mudança de ares para o prodígio santista. "Demorei muito para ir. Lá a gente aprende demais", complementou. "Vale pelo amadurecimento. O Neymar lá teria de lidar com outro tipo de marcação", elencou Bebeto.
Seedorf concorda com o companheiro, com quem trocou muitos elogios no início da conversa, mas ressalta que a decisão tem de ser do atleta. "Ele tem de se sentir preparado. O Pato, por exemplo, já voltou para o Brasil", opinou o jogador quatro vezes campeão da Liga dos Campeões (com Ajax, Real Madrid e Milan, este duas vezes).
"Há muita pressão sobre ele, principalmente na seleção brasileira. E exagerada para um jovem", continuou, destacando que os benefícios não seriam apenas esportivos. "Indo para fora, você cresce como pessoa e leva isso para o campo".
O holandês viu apenas o segundo tempo do clássico brasileiro com a Azzurra, evitou comentários sobre o trabalho de Felipão, mas concordou com o treinador sobre o que o santista precisa para silenciar os críticos e se tornar mais completo.
"Ele tem de aprender a jogar para o time e a valorizar mais o resultado. Esse momento de aprendizado é normal", garantiu.
O próximo compromisso da seleção brasileira é na segunda-feira, às 16h30 (de Brasília) em Londres, contra a Rússia, equipe que ocupa a 10ª colocação na lista da Fifa.
Depois da Copa de 2010, o Brasil ainda não venceu um time de grande porte excetuando-se aí o Superclássico das Américas, disputado por grupos formados apenas por atletas que atuam na Argentina e no Brasil. O último campeão mundial vencido pela principal formação nacional ocorreu em novembro de 2009: 1 a 0 diante da Inglaterra.
O jornalista viajou a convite da Heineken
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