Representantes de dez dos 12 clubes do Paranaense se reúnem nesta quarta-feira (11), às 14h30, em Curitiba, para tentar chegar a um acordo sobre os direitos de transmissão do campeonato. A reunião na sede da Federação Paranaense de Futebol (FPF), no entanto, não terá a presença nem de Atlético, nem de Coritiba. O Estadual começa no dia 29 de janeiro.
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A dupla Atletiba negocia à parte com a Rede Globo, conforme confirmou o vice-presidente coxa-branca, Alceni Guerra. Segundo o dirigente, a iniciativa é para conseguir uma quantia mais interessante do que os R$ 2 milhões que cada um recebeu na edição passada.
“Nós [Atlético e Coritiba] temos o mesmo pensamento e vamos negociar juntos para a televisão aberta e pay-per-view”, disse Guerra à reportagem.
O dirigente também revelou que a proposta para os outros dez clubes seria de R$ 6 milhões. A divisão desse valor é o que está em jogo na reunião desta quarta.
As equipes consideradas menores (Cianorte, Cascavel, Foz do Iguaçu, J, Malucelli, Prudentópolis, PSTC, Rio Branco e Toledo) querem um aumento significativo nas cotas de cada um – R$ 400 mil brutos na temporada passada. A pedida atual é de R$ 600 mil. Paraná e Londrina, que receberam R$ 1 milhão e R$ 600 mil, respectivamente, também vão brigar por um aumento na participação.
“Vamos negociar juntos por uma quantia melhor. Queremos ser valorizados”, avisa o presidente do Rio Branco, Thiago Themanski Campos. “Tentaremos chegar a um acordo, mas não sei se vamos conseguir definir. Atlético e Coritiba têm uma postura no Estadual diferente do que pregavam na Primeira Liga”, criticou o gerente de futebol do Cianorte, Adir Kist, citando a saída dos times paranaenses por divergências na distribuição do dinheiro da televisão.
A primeira proposta da Rede Globo foi de R$ 6 milhões (sem pay-per-view) e não agradou aos clubes. A contraproposta girou em torno de R$ 12 milhões pela transmissão da competição. A partir daí, diante do impasse, a negociação foi dividida.
Hélio Cury, presidente da FPF, chegou a afirmar no fim de dezembro que a postura do Atlético estava travando a negociação.
Enquanto isso, a indefinição acaba atrapalhando ainda mais a vida dos pequenos, que dependem muito mais da televisão para montar os elencos para o campeonato.
“É um transtorno muito grande. Estamos muito atrás que os outros e a cota da tevê é a maior fonte de renda de todos. E não estar com o contrato fechado impacta para conseguirmos patrocínios também”, lembra o presidente do Leão da Estradinha.
“Nosso orçamento é pequeno e fica ainda mais difícil sem a televisão”, emenda o diretor de futebol do PSTC, Renato David.