Reunidos para o Conselho Arbitral do Paranaense 2017, os dirigentes dos clubes participantes da elite estadual aproveitaram para debater a realização da Primeira Liga, que ocorrerá mais uma vez durante a disputa da competição local. Disputa que, para o ano que vem, contará ainda com o Paraná, além de Atlético e Coritiba.
O presidente da FPF, Hélio Cury, deu abertura para a negociação de datas, mas alfinetou Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético. O cartola do Furacão chegou a ser nomeado como um dos co-presidentes da Liga, mas deixou o posto em seguida.
“Na edição anterior [2016], da maneira como procederam, na mão de quem estava [Petraglia], como ditador e dono da verdade, a Federação não discutia e nem dava apoio”, comentou Cury.
O presidente da FPF garante que não vê problema na concorrência do Paranaense com a Primeira Liga: “Se agora vierem conversar, estamos de portas abertas para sentar na mesma mesa e falar no mesmo nível. Não tenho nada contra”.
Outro assunto abordado foi a divisão das cotas de televisão. O contrato com a Rede Paranaense de Comunicação (RPC) termina neste ano e a FPF decidiu antecipar o debate. Em 2016, o acordo foi fechado em janeiro, pouco antes do início da disputa.
O Coxa e o Furacão faturaram R$ 2 milhões, enquanto o Tricolor recebeu R$ 900 mil – valor pouco maior que o do Tubarão. Na ocasião, a diretoria paranista ameaçou não assinar o contrato, reclamando uma oferta maior. No fim, acabou aceitando.
“Agora, a partir do ano que vem, o Londrina se iguala ao Paraná em qualquer situação. E ainda pode até estar na Série A, torcemos para que se mantenha no G4 e consiga o acesso. O maior problema disso tudo está nos valores entre os menores e os maiores. Coritiba e Atlético têm um destaque, aí vem Paraná e Londrina e depois o restante. É equacionar e chegar a um senso comum para que atenda o interesse de todos”, comentou Cury.