em Neymar, suspenso, a seleção brasileira espera evitar neste domingo, a partir das 18h30, em Santiago, um vexame histórico.
Desde 1987, quando passou por uma profunda reformulação pós Mundial de 86, a equipe nacional jamais foi eliminado na primeira fase do torneio sul-americano.
Na ocasião, o Brasil rompia com a geração de 82 e apostava em jovens nomes, como Jorginho, Bebeto, Valdo, Mazinho, os zagueiros Ricardo (Rocha e Gomes) e Romário. Dunga, técnico hoje, também disputou a edição de 87.
A vergonha seria ainda maior agora. Há 28 anos, as seleções se dividam em grupos de três e apenas o melhor seguia adiante na disputa. Na Copa América do Chile, duas equipes se classificam automaticamente à fase eliminatória; e os dois melhores terceiros colocados em três chaves também avançam às quartas de final.
Com o Grupo C nivelado (Brasil, Peru, Venezuela e Colômbia chegam à última rodada com três pontos), quem terminar em 4º, deixa a competição sumariamente.
O regulamento, aliás, surge como grande aliado do time de Dunga neste momento.
Como a partida entre colombianos e peruanos ocorre às 16 horas deste domingo, os brasileiros e venezuelanos entram em campo sabendo o que precisam fazer para continuar vivo.
E mais: dependendo da situação, escolheriam até o caminho a seguir até a final do torneio.
Contra o Brasil os questionamentos do potencial técnico do time sem a sua principal estrela. Os questionamentos sobre a ausência do camisa 10 chegou a irritar alguns jogadores na sexta-feira. “Vocês [jornalistas] só pergunta sobre isso [Neymar]”, criticou Fernandinho.
Dunga nem sequer confirmou o substituto. Tardelli, Robinho, Philippe Coutinho e Doulgas Costa brigam pela vaga aberta para o jogo no Estádio Monumental.
“A responsabilidade é do grupo todo. Claro que os jogadores que atuam mais à frente têm que criar jogadas de gol. É minha posição e vou tentar fazer [as jogadas e os gols] se tiver a chance. Ainda não sabemos quem vai jogar. Mas todos estão preparados”, afirmou Coutinho, o mais cotado.
Também sobrou respeito ao rival. “Posso garantir: a evolução do futebol venezuelano é evidente. Quase todos os jogadores têm passagem na Europa, Arango passou na Espanha e na Alemanha, arma o time com muita qualidade. Rondon atua na Rússia, todos estão em bons times”, avisou Fernandinho.
O técnico da Venezuela coloca ainda mais pressão. “Imagino poder ganhar o jogo, sair com três pontos... quem ficará em último não importa para mim”, disse Noel Sanvicent.
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