O presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Hélio Cury, pode ser alvo de investigação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol. O senador Humberto Costa (PT-PE), integrante da CPI, fez um requerimento para ouvir o mandatário da entidade.
Segundo Costa, a justificativa para ouvir o dirigente é a acusação de gestão financeira temerária no comando da FPF. Cury é réu de um processo movido por Atlético e Coritiba na 9.ª Vara Cível de Curitiba por este motivo. Caso seja condenado, o presidente pode ser afastado e ficar inelegível da entidade.
O chamado depende de análise e votação na Comissão para ser oficializado. Nas duas últimas semanas a CPI do Futebol não se reuniu para dar continuidade ao trabalho presidido pelo senador carioca Romário (PSB).
Para tentar enquadrar Cury no foco da CPI do Futebol, o senador cita que a FPF faz parte da assembleia que elege os dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, em tese, administrou uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.
Além disso, o documento pede que se inquira sobre a existência de doações ‘vultuosas e mensais’ em favor da Federação Paranaense, o que poderia significar ‘fidelização para obtenção de votos nas eleições e prestação de contas da CBF”.
“Nada mais atinente ao papel dos parlamentares desta Comissão de Inquérito que se debruce sobre o que tem a dizer o referido dirigente sobre a gestão naquela entidade paranaense de desportos sobre os atos de administração suspeita”, diz um dos trechos do requerimento.
Procurado pela reportagem, Cury afirmou, via assessoria de imprensa, que se pronunciará apenas caso seja oficialmente convocado pela CPI. Mas à versão digital da Folha de S. Paulo teve outra posição. “Não vejo nada demais em me convocar. Deve ser coisa da minha oposição. Mas não tem problema nenhum. É só me convocar. A hora que for, eu vou, sem problema”, disse.
Na semana passada, o candidato derrotado na eleição à FPF, Ricardo Gomyde, também viu seu nome ser alvo de um requerimento para ser ouvido em Brasília . O pedido foi feito pelo senador Roberto Rocha (PSB-MA), que acredita que o pleito “tornou-se símbolo de como o futebol e suas entidades viraram objeto de disputa, de interesse de poder e de gastos imensos”.
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