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Ricardo Gomyde foi convidado para explicar doações de campanha para a presidência da FPF. | Lucas Pontes/Gazeta do Povo
Ricardo Gomyde foi convidado para explicar doações de campanha para a presidência da FPF.| Foto: Lucas Pontes/Gazeta do Povo

A eleição para presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF) poderá ser alvo de investigação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Futebol. O senador Roberto Rocha (PSB-MA) apresentou requerimento para ouvir Ricardo Gomyde – candidato derrotado no pleito – sobre as doações da dupla Atletiba para a campanha.

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O chamado depende agora de análise e votação na Comissão para ser efetivado. Procurado pela reportagem, Gomyde declarou que não “fala por hipóteses”. Candidato de situação, Hélio Cury foi reeleito para o trono da entidade.

Rocha quer esclarecer os repasses de Atlético e Coritiba ao candidato. O Alviverde doou R$ 200 mil, assunto que será analisado nesta quinta-feira (10) pelo Conselho Deliberativo do clube. O Furacão, por sua vez, entregou R$ 600 mil.

No pedido feito à CPI, o senador maranhense afirma no texto que a eleição na FPF “tornou-se símbolo de como o futebol e suas entidades viraram objeto de disputa, de interesse de poder e de gastos imensos”.

Rocha trata ainda do contraste das situações financeiras dos clubes e as somas envolvidas: “Por ser notório que os clubes brasileiros hoje apresentam endividamentos expressivos, seria paradoxal, até mesmo inacreditável, que investissem cifras consideráveis nas eleições das federações estaduais.”

Por fim, o senador escreve no requerimento: “A única explicação para fatos como esse, caso confirmados, seria a possibilidade de administrações irregulares, nessas entidades sobe investigação dessa CPI, permitirem ao longo do mandato a recuperação ilícita desses valores e outros favores”.

Metade do dinheiro repassado pelo Coritiba foi parar na conta pessoal de Paulo Regini. O diretor do Maringá era o responsável pela campanha no interior do estado e não há informações de como foram utilizados os R$ 100 mil.

Os outros R$ 100 mil estão sendo questionados pelo Deliberativo do Alviverde. De acordo com levantamento preliminar do Conselho Fiscal do clube, há inconsistências nas apresentações de notas. André Macias, vice-presidente licenciado do Coxa, foi o intermediário das doações.

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