Parece que o discurso de modernização e profissionalização da Federação Paranaense de Futebol (FPF) pregado pelo candidato Ricardo Gomyde está conquistando adeptos também entre os clubes e ligas amadores. Até então, eles eram seu ponto fraco. Gomyde tinha o apoio dos grandes clubes profissionais, como trio de ferro da capital, Operário e Maringá, mas faltavam os times da Suburbana.
De acordo com Nadim Andraus, candidato a vice-presidente de futebol na chapa de Gomyde, oito clubes mudaram de lado na semana passada e mais nove devem fazer o mesmo nos próximos dias. “Temos certeza de que vamos ganhar essa eleição. Contabilizamos 38 assinaturas no total e vamos atrás de mais”, afirma.
Sérgio Rausis, presidente do Combate Barreirinha, um dos convertidos à candidatura de Gomyde, justifica a mudança por entender que “durante a administração de Cury, o futebol paranaense perdeu poder e cacife político, mesmo sediando a Copa do Mundo.” O Combate Barreirinha chegou a subscrever à chapa de Hélio Cury, mas revogou a assinatura e pulou para o barco de Gomyde.
O mesmo fizeram Sport Club Campo Mourão, Rio Branco (Paranaguá), Colorado Atlético Clube e Arapongas, entre os profissionais. Entre os amadores, além do Combate, Urano e Trieste mudaram de opinião. E as ligas amadoras de São José dos Pinhais e Campina Grande do Sul também seguiram o mesmo caminho. “Nada contra a pessoa do Hélio Cury, mas tem de profissionalizar a Federação. O Marcos Anzolin, presidente do clube, assinou por imposição à chapa do Hélio”, diz Rafael Stival, arrendatário da base do Trieste.
A revogação das assinaturas tem grandes possibilidade de dar problema no futuro. O artigo 75 do estatuto da FPF é claro quanto a esse troca-troca: “Cada filiada pode subscrever somente uma chapa, e na hipótese da mesma filiada subscrever mais de uma chapa, será considerada válida para os efeitos do disposto neste artigo e seus parágrafos, a que tiver sido registrada em primeiro lugar, na Federação, consideradas nulas todas as subsequentes.”
Rausis não interpreta o estatuto dessa maneira. “As pessoas não precisam ficar vinculadas às outras ad eternum. Hoje existe divórcio, uma série de coisas. Mas se ele achar que tem o direito de espernear, tudo bem.”
O advogado Juliano Tetto, que foi vice-presidente de Hélio Cury e hoje é candidato a vice na chapa de Gomyde, acha que o rival “vai tentar fazer com que os nossos não votem. Eles estão preparando algo na surdina para macular a eleição.”
Qualquer medida do gênero, no entanto, é negada por Emerson Fukushima, advogado de Cury. “Até agora, o Hélio Cury não pediu nenhuma medida judicial”, garante.
Ainda assim, a lista dos filiados aptos a votar nas eleições, que devem ser realizadas até o fim do mês, ainda não foi entregue, mesmo após intimição da Justiça.
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