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O Corinthians tem como um dos seus portos seguros na Libertadores a sua atuação diante da sua torcida no Pacaembu, onde conquistou cinco vitórias e um empate até aqui. Com o Boca Juniors não é diferente. Depois de estrear perdendo para o Fluminense, foram cinco vitórias seguidas na Bombonera. E os dois finalistas sofreram, em seis jogos, só um gol em suas respectivas casas.

Perguntado que conselhos daria para o técnico do Boca, Julio Cesar Falcioni, Tite diz que os argentinos deveriam partir para cima do Corinthians no jogo desta quarta-feira, em Buenos Aires, na primeira partida da decisão da Libertadores.

"Nesses momentos, o que eu vejo, é não modificar o que o que se fez até agora. Não deixar de fazer, ou melhor, fazer o que fez até agora. Eu agrediria o Corinthians", disse o treinador, nesta terça-feira (26).

Tite sabe da força do Boca Juniors na sua casa - e fora dela - tanto que o discurso de respeito ao time argentino esteve presente em toda a entrevista coletiva do treinador nesta terça. Ele, porém, reforça que o Corinthians é um time que não deve nada aos argentinos.

"Boca sempre é Boca, com sua tradição, força, estilo e grandeza da Bombonera, com todo respeito. Mas o Corinthians também chegou com merecimento e chegaram à final as duas equipes mais fortes. Esse time está quase há dois anos junto, aprendendo no erro e chegando forte", destacou o treinador, que está no Corinthians desde o segundo semestre de 2010.

Ao falar da fama de retranqueiro que tem o seu time, Tite lembrou que a equipe também marca gols. São 19 até aqui na Libertadores, contra três sofridos em 12 jogos. O Boca marcou um gol a menos, mas sofreu quatro a mais.

"Quem é o melhor saldo? Isso mostra uma equipe equilibrada. Não importa os poucos gols que ela faz, importa o equilibro com saldo de gols. O setor defensivo também participação. Para construir um gol precisa de 20 pernas e duas mãos", explicou Tite.

Com relação à Bombonera, forte arma do Boca na decisão, Tite pregou cautela, mas comparou o local à Vila Belmiro, de onde o Corinthians voltou com uma vitória na semifinal. "O estádio tem uma mística especial, ecoa, fica próximo do torcedor, mas a essência é ficar focado no jogo, no passe, no domínio. Lá no Pacaembu é assim também, na Vila Belmiro assim", destacou o técnico corintiano.

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