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Paraná e Icasa jogam nesta terça-feira (18), às 19h30, na Vila Capanema. As duas equipes vivem problemas financeiros e estão sob o signo de greves.

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Os jogadores do Tricolor cobraram publicamente respostas da diretoria sobre os salários atrasados e, se não obtiverem resposta ainda nesta terça, prometem paralisação a partir de quarta-feira (20). O mesmo acontece com o time cearense, que pode não entrar em campo sexta-feira, contra o Vasco, caso a situação não mude. A Gazeta do Povo relembra dez paralisações de jogadores:

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10- Treta francesa (2010) – Em plena Copa do Mundo de 2010, os jogadores da seleção francesa fizeram greve contra o técnico Raymond Domenech. O movimento, que significou um dia sem treino foi em solidariedade ao atacante Nicolas Anelka, afastado da equipe após xingar o comandante em uma discussão. Após o Mundial, o presidente Nicolas Sarkozy e a ministra dos Esportes, Roselyne Bachelot, convocaram Thierry Henry para falar da paralisação.

9- Sem prêmio, sem voo (2013) – A seleção nigeriana atrasou em um dia sua chegada para a Copa das Confederações de 2013 no Brasil. O motivo foi um protesto contra os dirigentes, que quiseram pagar apenas metade do prêmio que haviam prometido por uma vitória sobre a Namíbia.

8- Premiação em dose dupla (2014) – Camarões e Gana tiveram problemas parecidos com a Nigéria na Copa do Mundo. Camarões chegou a atrasar o embarque até ter a promessa de receber a premiação pelo Mundial. Com Gana, teve treino desmarcado e a situação se resolveu com o governo do país mandando um avião com dinheiro vivo para o grupo. De quebra, teve até pancadaria.

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7- Eliminação aplaudida (2014) – O Racing Santander chegou a entrar em campo contra a Real Sociedad pela Copa do Rei. Porém, com salários atrasados, os jogadores se abraçaram e saíram de campo, abandonando o confronto. A torcida da equipe, compreensiva, aplaudiu. A medida foi o estopim para derrubar a diretoria inteira do clube espanhol.

6- WO Local (2014) – Sofrendo com salários e direitos de imagem atrasados, os jogadores do Barueri, clube que esteve recentemente na elite brasileira, não foram jogar em casa, contra o Operário de Várzea Grande-MT pela Série D. Os jogadores do time do Centro-Oeste deitaram no gramado em solidariedade aos colegas de profissão do time da Grande São Paulo.

5- Por igualdade (2001) – Em 2001, a Associação de Jogadores Profissionais da Inglaterra pressionou para que os direitos de transmissão da Premier League fossem redivididos. Um total de 92% de atletas aprovou a greve caso não fosse atendida a solicitação. Funcionou, colaborando com a competitividade da liga.

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4- Paguem o que devem (2009) – os jogadores uruguaios pararam de trabalhar por cinco dias em 2009. Tudo porque alguns clubes deviam a jogadores e ex-jogadores. O protesto foi encerrado após clubes e empresários pagarem o devido.

3- Por nós e pelos colegas (2011) – O Espanhol 2011/12 começou com atraso porque a Associação dos Futebolistas da Espanha (AFE) convocou uma greve em nome de 100 atletas que tinham salários atrasados e que não tinham garantias dos clubes. A proposta era criar um fundo para que houvesse garantias. As dívidas foram pagas.

2- Parada equatoriana (2014) – Os problemas com salários atrasados também afetam o emergente futebol equatoriano. Em julho, os jogadores paralisaram as competições, reclamando de falta de pagamento da maioria dos clubes.

1- Tradição argentina (1931/48/71/75/85/88/97/98/99/2001) – Os jogadores argentinos têm uma grande tradição em conseguir melhorar o esporte por meio de greves. A primeira, em 1931, garantiu a profissionalização. Em 1948, a paralisação durou 7 meses contra um teto salarial. A última, em 2001, fez com que a Associação Argentina de Futebol (AFA) pagasse uma dívida de US$ 50 milhões dos clubes com os jogadores.

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