O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST)Renato de Lacerda Paiva resolveu nesta quarta-feira (18) não aceitar a liminar pedida pelo meia Oscar, que desejava poder voltar a atuar pelo Internacional, suspendendo os efeitos do acórdão anteriormente proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. O São Paulo, desta forma, será o detentor dos direitos federativos de Oscar até que o processo seja julgado em última instância.
Ao receber e publicar em seu site a íntegra da decisão do ministro Lacerda Paiva, o São Paulo também se pronunciou oficialmente abrindo as portas para Oscar e deixando claro que não tem pressa em seu retorno, dando um limite de 90 dias para que isso ocorra. Nas entrelinhas, deixa claro que agora é o jogador que precisa do clube, uma vez que depende de seguir atuando para estar nos Jogos Olímpicos de Londres, que se iniciam daqui a 100 dias.
No nota, o Sã Paulo se mostra solidário com Oscar. Coloca a culpa por todo o imbróglio nos seus empresários dele e diz que a briga não é com o jogador nem com o Internacional, é pelo respeito à legislação e às instituições esportivas.
O clube paulista se diz "solidário" com o momento difícil que Oscar está passando, e declara que respeitará o tempo que o jogador precisar para refletir sobre suas decisões. O texto tenta convencer o jogador de que ele foi prejudicado não pelo clube, mas por seus empresários, que deram "orientações precipitadas e descompromissadas", que exercem "pressão desumana" e já lucraram a confiança de Oscar, "mas jamais admitirão seus erros".
O São Paulo também avisa que passará a depositar na conta corrente de Oscar o mesmo salário que, nos autos do processo, ele dizia receber do Internacional. Desta forma, o meia não pode alegar na Justiça que um retorno ao clube paulista lhe seria prejudicial financeiramente.
A nota assinada por Juvenal Juvêncio coloca o São Paulo à disposição de Oscar, que tem até 90 dias para refletir sobre o que é melhor para sua promissora carreira e a qualquer momento retornar ao clube. Aí, o São Paulo deixa claro no que aposta: "podendo assim desfilar seu talento pelos gramados brasileiros e garantir sua presença na convocação para disputar os Jogos Olímpicos que se aproximam".
Em carta enviada à casa de Oscar, o São Paulo abre as postas ao jogador, caso ele deseja usufruir as estruturas físicas e os profissionais do clube, ou se desejar ser imediatamente aproveitado como atleta.
Por fim, Juvenal Juvêncio avisa que, se até daqui a três meses Oscar não se reapresentar ao clube (perdendo assim a Olimpíada), o São Paulo irá tomar as medidas cabíveis para preservar seus direitos.
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