O Vasco manteve a invencibilidade na temporada, venceu o Flamengo por 2 a 0 na Arena Amazônia, em Manaus, pela semifinal do Campeonato Carioca, e está classificado para a decisão da competição. Esta é a segunda derrota do rubro-negro contra os rivais nas três partidas que aconteceram no ano. Com estádio lotado neste domingo, a partida foi acirrada e os vascaínos mostraram o entrosamento e o bom jogo que renderam ao clube a invencibilidade na temporada.
O rival do Vasco na final será definido ainda neste domingo, no clássico entre Fluminense e Botafogo, a partir das 19 horas, em Volta Redonda, na outra semifinal.
No primeiro tempo, o Vasco começou o jogo melhor. Acertou ao marcar no início da partida e ampliar a vantagem no placar - o clube de São Januário teve a melhor campanha da Taça Guanabara e jogava pelo empate. Ao tomar o primeiro gol, o Flamengo precisava fazer dois e viu sua missão se complicar. Então, se lançou ao ataque.
Chegou muitas vezes, mas não foi eficiente como os rivais e pecou em muitas finalizações. O Vasco se defendeu e esperou espaços para contra-ataque. Roteiro semelhante se repetiu no segundo tempo: o time da Gávea chegou muito e atacou mais, porém, o Vasco foi novamente mais eficiente, marcou um gol no começo e se posicionou bem defensivamente para arrefecer o ímpeto flamenguista.
JOGO - O clássico começou animado. As equipes mediram forças e se estudaram nos primeiros 15 minutos sem criar grandes lances de perigo. A primeira chance foi do Vasco. Em saída de bola errada de Wallace, Riascos puxou um contra-ataque, tirou a bola por debaixo das pernas de Cuéllar pela direita e cruzou do outro lado para Nenê, que vinha livre de trás. O camisa 10 cruzmaltino bateu de primeira para fora, mas passou perto do gol de Paulo Victor.
O Vasco foi superior e, aos 22 minutos, sacramentou isso. Em lance de muitas idas e vindas, Riascos recebeu pela esquerda, driblou duas vezes César Martins e cruzou, tirando o goleiro, para Nenê. O meia chutou e parou no peito de Wallace, em cima da linha. O zagueiro, após salvar, cortou para a entrada da área e Andrezinho bateu forte rasteiro para marcar o primeiro do Vasco.
Em desvantagem, o rubro-negro começou a pressionar. Aos 26, Guerrero recebeu em boas condições na intermediária e bateu colocado. Martin Silva se esticou para espalmar para escanteio. No lance seguinte, Mancuello cruzou rasteiro na área, mas ninguém chegou para finalizar e a bola passou caprichosamente por todos.
A pressão do clube da Gávea seguiu intensa e passou a marcar a saída de bola dos rivais. Apesar da vontade, esbarrou em passes errados e pecou na finalização das jogadas, facilitando o trabalho da defesa vascaína. O meio de campo rubro-negro teve dificuldades de armação e os torcedores sentiram falta de boas jogadas, especialmente de William Arão e Mancuello.
Aos 46, Jorge Henrique recebeu livre pela esquerda, se livrou da defesa e passou para Nenê, livre na área. A marcação chegou e o meia passou para Riascos, livre na direita, que esperou demais para chutar e acabou desarmado providencialmente por Cuellar.
Na volta do intervalo, aos 30 segundos, William Arão acertou um excelente chute de fora da área e obrigou Martin Silva a fazer grande defesa. A pressão rubro-negra continuou, mas o Vasco foi novamente mais eficiente. Aos 11, Riascos recebeu pela direita e bateu em cima do goleiro Paulo Victor. A bola rebateu no zagueiro Wallace e entrou. O clube de São Januário chegou a seu gol e ficou com uma vantagem muito boa no jogo.
O Flamengo chegou com perigo em duas outras oportunidades, em chutes de Mancuello e de Marcelo Cirino - essa finalização ocorreu depois de excelente triangulação com William Arão. Ambas as chances foram defendidas pelo goleiro Martín Silva. Com o placar a seu favor, o Vasco administrou a partida. Com experiência, Nenê e outros jogadores chamaram muitas faltas e o Flamengo se resignou com o resultado.
Aos 33, Alan Patrick perdeu a cabeça, acertou um carrinho violento por trás em Pikachu e foi expulso. O final da partida foi marcado por uma invasão de torcedores a campo e o domínio do Vasco, trocando passes até o minuto final.