No que depender do vereador Jorge Bernardi (Rede Sustentabilidade), Coritiba e Paraná terão o suporte de cerca de R$ 400 milhões em potencial construtivo concedido pela Prefeitura para tirar do papel o projeto de uma moderna arena compartilhada a ser construída no terreno do Estádio Pinheirão, no bairro Tarumã.
Segundo Bernardi, que em fevereiro chegou a propor na Câmara que o município concedesse à dupla Paratiba o mesmo direito ao uso de potencial construtivo oferecido ao Atlético para a Copa do Mundo de 2014, o desejo revelado pelos dirigentes do Coxa de construir uma nova praça esportiva foi o estopim para a retomada do debate.
“O clima voltou a ser favorável para voltarmos a debater este projeto. Agora vou pegar mais apoios. Os vereadores ligados a Coritiba e Paraná são favoráveis. Os vereadores atleticanos torcem o nariz, mas os demais vereadores de um modo geral ainda não se manifestaram”, afirma Bernardi, que é conselheiro do Paraná.
Os vereadores ligados a Coritiba e Paraná são favoráveis. Os vereadores atleticanos torcem o nariz
Para construir a nova Baixada para a Copa de 2014, o Atlético recebeu cerca de R$ 158,9 milhões do município em cotas de potencial construtivo – na última atualização do município, clube já havia recebido R$ 20.693.076,96.
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Leia a matéria completaDe acordo com Bernardi, em valores atualizados, Coritiba e Tricolor teriam direito, juntos, a cerca de R$ 400 milhões de crédito nos mesmos moldes.
“É uma forma de fazer justiça aos outros dois clubes da capital para que fiquem no mesmo nível do Atlético. São três clubes tradicionais. Temos de preservá-los e fortalecê-los, pois ainda representam a atividade que mais representa a cidade”, prossegue o vereador.
Uma das alternativas para que o acordo se concretizasse, segundo Bernardi, seria a cessão, para o município, do Couto Pereira, por parte do Coxa, e da Vila Capanema, por parte do Tricolor. “O uso dessas áreas pelo município ainda teria de ser discutido, porque o Atlético ficou com seu patrimônio”, ressalva Bernardi, que vê a proposta como benéfica para todos os envolvidos.
Enquanto Coritiba e Paraná teriam um estádio moderno compartilhado, a Prefeitura poderia unificar seu centro administrativo na área da Vila Capanema, além de ter a possibilidade de construir também no Alto da Glória. Já o empresário João Destro, que arrematou o Pinheirão em 2012, veria o terreno ter alguma utilidade.
“O problema enfrentado pelo Atlético é o alto custo de manutenção da Baixada. Além de dividir os custos de uma Arena Paratiba, Coritiba e Paraná poderiam projetar um estádio multiuso, com cinema e shopping no mesmo terreno, para tornar o local sustentável”, completa Bernardi, que cita o exemplo do Estádio do Dragão, do português Porto, como o modelo a ser seguido por Coxa e Tricolor.
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