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“Não chegamos a um ponto comum, ainda, mas o encontro foi construtivo. Desejamos uma Fórmula 1 de verdade. Temos, sim, de pensar num acordo”. Luca di Montezemolo, presidente da Fota (associação de escuderias) e da Ferrari | Pascal Guyot/AFP
“Não chegamos a um ponto comum, ainda, mas o encontro foi construtivo. Desejamos uma Fórmula 1 de verdade. Temos, sim, de pensar num acordo”. Luca di Montezemolo, presidente da Fota (associação de escuderias) e da Ferrari| Foto: Pascal Guyot/AFP

Oito pilotos chamam Mônaco de casa

É comum ouvir dos pilotos de Fórmula 1 nos dias do GP de Mônaco: "Faz sempre bem dormir na própria cama, aqui corro em casa". Muitos deles, além de outros profissionais de cargo elevado na categoria, residem no principado. Parece ser tão bom que, mesmo depois de encerrada a carreira, eles continuam vivendo nesse que é um dos menores países do mundo, com território de apenas 1,9 quilômetro quadrado, e que não cobra impostos, um atrativo imbatível.

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Mônaco - Pouco se falou ontem em Mônaco sobre o importante treino de classificação que ocorrerá hoje, a partir das 9 horas (horário de Brasília), quando será definido o grid de largada da prova de amanhã. A previsão de muito equilíbrio entre os primeiros colocados na sexta etapa da temporada também quase não foi comentada. O assunto do dia foi mesmo a luta entre a associação das equipes (Fota) e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) sobre o regulamento da categoria para 2010.

Nesta sexta-feira, foram realizadas três reuniões sobre o assunto, com avanço lento nas negociações. A primeira, pela manhã, ocorreu no motorhome da McLaren, com os principais técnicos e representantes das escuderias. O objetivo foi definir os parâmetros do encontro da tarde entre os dirigentes da Fota e a FIA.

A reunião da tarde durou quase três horas. Tão logo acabou, todos deixaram o iate e seguiram caminhando para a sede do Automóvel Clube de Mônaco, localizado na reta dos boxes do circuito, onde o presidente da FIA, Max Mosley, aguardava os representantes da Fota para discutir o seu plano de cortar despesas no ano que vem – a entidade impõe o máximo de 40 milhões de libras anuais para cada escuderia, que não aceitam esses termos.

O grupo só saiu da sede do Automóvel Clube de Mônaco à noite. Ainda não houve acordo, mas o fato de agendarem nova reunião, hoje, sugere progresso nas discussões. "Não chegamos a um ponto comum, ainda, mas o encontro foi construtivo", definiu Luca di Montezemolo, presidente da Fota e da Ferrari. "Desejamos uma Fórmula 1 de verdade. Temos, sim, de pensar num acordo."

Ao deixar o Automóvel Clube de Mônaco, Ross Brawn demonstrou otimismo. "Estamos no caminho certo, de uma forma ou de outra chegaremos a um acordo", afirmou o dono da equipe Brawn GP, que lidera o atual campeonato. Já Montezemolo explicou que a proposta da Fota projeta não só a temporada de 2010 mas as duas seguintes também. "Tem de haver estabilidade nas regras, isso, sim, gera redução de custos."

Ao deixar o local, Mosley limitou-se a dizer a seguinte frase: "Eles defendem os mesmos pontos de vista de antes, mas vi avanços e tenho esperança num acordo."

Assim, a Fota se reúne novamente para emendar seu pacote de medidas destinadas a conter despesas nas próximas edições do Mundial. E a proposta que surgir será utilizada na reunião com Mosley, talvez neste sábado mesmo.

Há uma corrida contra o tempo para que se chegue a um acordo antes do dia 29 de maio, data limite de inscrição no campeonato de 2010 da Fórmula 1. Assim, as dez equipes atuais, que hoje protestam, poderiam se inscrever dentro do prazo, o que evitaria novos desgastes, até mesmo legais.

Ao vivo

Treino classificatório para o GP de Mônaco, às 9 horas, no SporTV e no tempo real aqui na Gazeta do Povo Online.

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