Helsinque, Finlândia (AE) – O técnico Nélio Moura foi elegante, evitou críticas, mediu palavras, mas mostrou que está magoado quando comentou sobre a opinião do diretor da BM&F Atletismo, Sérgio Coutinho Nogueira, seu chefe. O dirigente do maior clube de atletismo do Brasil acha que a melhor solução para o problema de Jadel Gregório, que está sem técnico, seria voltar a treinar com Nélio, o treinador mais capacitado atualmente para a prova, no país, na sua avaliação.

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"Não sei se essa seria a melhor solução. Foi uma decisão que ele (Jadel) tomou e vai ter de encontrar o caminho."

Jadel Gregório, que não voltou ao Brasil após o Mundial – foi direto para a Holanda, onde ficará esperando a final do Mundial do Atletismo –, deixou o técnico Nélio Moura após a Olimpíada de Atenas, no ano passado. E esse ano, decidiu não treinar mais com Aristides Junqueira, o Tide, pouco antes do Troféu Brasil, em julho.

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"Foi uma escolha dele e ele terá de conviver com ela. Eu vou continuar trabalhando, encontrando outros talentos para o atletismo brasileiro." O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo, Roberto Gesta de Mello, disse que não caberia à entidade interferir na escolha de Jadel.

Moura entende que o Brasil precisa de paciência, mas terá outros bons atletas nos saltos horizontais. Citou Keila Costa, no distância e no triplo, e entre os homens jovens como Jefferson Sabino, no triplo, que pode evoluir, e Thiago Carahyba, que após duas temporadas atrapalhadas por uma lesão está voltando. No salto em distância, cita atletas jovens como Rogério Bispo e Erivaldo Cruz.

Para ajudar na evolução dos saltadores, Moura conversou com Ted King, treinador nacional de saltos da Inglaterra, durante o Mundial de Helsinque, e agendou, para novembro, em São Paulo, uma clínica que será ministrada pelo especilista para 30 atletas.