Chaves do jogo
Erro antigo
A diferença entre os times e o destino do jogo foram retratados no banco de reservas: sem as mesmas chances de Roberto Fernandes no Atlético, Ney Franco foi embora e organizou o Botafogo.
O barato sai caro
Danilo, símbolo da ineficiência do elenco atleticano desde 2005, faz pênalti em Jorge Henrique; o Botafogo abre a goleada.
Desinteresse
Visivelmente desligados, os jogadores do Atlético assistem à troca de passes do Botafogo, que não fez mais porque não quis.
Análise
Craque - Jorge Henrique
Sofreu um pênalti e marcou o segundo gol. Decisivo.
Bonde - Danilo
Pior, impossível: lento e ainda fez o pênalti do Botafogo.
Guerreiro - Galatto
De novo, o único a se safar de mais um vexame atleticano.
"Não peço demissão em hipótese alguma. Não seria justo nem comigo pessoalmente, pois não sou covarde, e nem com o time e a torcida. Continuarei meu trabalho, desde que seja-me permitido, e tentaremos arrumar o time para sair desta situação incômoda que nos encontramos."
Mais ou menos uma hora após perder por 3 a 0 para o Botafogo, o técnico Roberto Fernandes via assessoria de imprensa avisou que está disposto a manter o seu projeto à frente do Atlético. Mandou a frase por e-mail, pois não foi à coletiva da Arena por determinação dos "presidentes" do clube.
Mário Celso Petraglia, o presidente do Conselho Deliberativo, ao ser perguntado se havia chance de dispensar o comandante, mostrou calma. "Obviamente que sim. A possibilidade da permanência ou da saída (da comissão técnica) existe. Não vamos decidir absolutamente nada depois desse resultado", disse o dirigente, visivelmente transtornado (ler mais na página 4).
Com as explicações da diretoria como únicas na noite de domingo, o torcedor atleticano, ainda sem saber do destino de Roberto Fernandes, deve receber tal notícia hoje, via site oficial, o que já se tornou praxe no modelo de gestão do Furacão. Durante o jogo, em coro, os quase 18 mil rubro-negros entoaram o coro "a, e, i... Pede pra sair", além do já tradicional "Geninho!"
Sem saber da permanência, o torcedor tentou saber do ex-técnico Ney Franco responsável direto pelo trunfo carioca na Baixada o que poderia ser diferente, caso ele continuasse no clube (saiu na segunda rodada). Deu de cara com a ética de sempre: "Eu não quero falar do Atlético. Falo sobre o Botafogo. Tenho bons amigos aqui e confio que o time possa sair dessa."
Dentro da área de rebaixamento, com apenas 17 pontos, e o pior ataque do Brasileirão, o Atlético jogou fora mais uma vez a chance de uma arrancada. Poderia ter subido até três posições e ainda teria Náutico e Ipatinga na Arena (joga, entre estes dois, com o Flamengo, no Rio).
A desolação era visível. "3 a 0, pô! Tá complicado... hoje era uma partida para recuperar", disse um irritado Nei, ainda no gramado. "Nossa equipe jogou muito mal hoje (ontem)", confirmou Alan Bahia, que só errou em uma coisa: "Não conseguimos render o que vínhamos rendendo". Rendeu sim, Alan Bahia. Só antes isso talvez não tivesse sido percebido. Em todo caso, sempre há tempo de mudar. Afinal, errar é humano; mas insistir no erro...
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