Belo Horizonte (AE) Segurando a lanterna do Campeonato Brasileiro, com seus atletas ameaçados por torcedores enfurecidos e em meio a uma disputa política, o Atlético Mineiro vive a sua mais aguda crise e a cada rodada o rebaixamento figura como uma hipótese mais real. O primeiro reflexo da derrota por 2 a 1 para o Vasco, no domingo, no Rio, foi o anúncio ontem do afastamento de nove jogadores: os armadores Rodrigo Fabri, Prieto, Dejair e Marcelo Sá, o atacante Pablo Gimenez, o volante Ataliba e os laterais Tesser, Leandro Smith e Evanílson. Todos passarão a treinar separado dos demais atletas.
O clima de guerra que envolve o time e sua torcida não se limitou à invasão do gramado do Estádio São Januário pelo torcedor Éder Madeira dos Santos, 24 anos, que tentou agredir o lateral-esquerdo Rubens Cardoso. Na chegada da delegação alvinegra, no domingo à noite, no Aeroporto de Confins, cerca de 30 torcedores hostilizaram e tentaram agredir o volante Walker e o zagueiro Henrique. O alvo principal era Walker, que atingiu o torcedor com um pontapé por trás, na reação dos atleticanos à tentativa de agressão contra o lateral.
O episódio deverá custar caro. O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luiz Zveiter, já adiantou que, embora a partida tenha sido disputada no Rio, o Atlético deverá ser punido, pois quem invadiu o campo foi um torcedor do time mineiro. Os jogadores que reagiram e acabaram agredindo o torcedor também poderão sofrer punições, segundo Zveiter.
Psicóloga
O afastamento dos nove jogadores foi decidido em uma reunião entre diretoria e comissão técnica, que se estendeu até a madrugada de domingo, em um hotel na zona sul de Belo Horizonte. Ficou decidido também que o técnico Marco Aurélio que nas três partidas à frente do time não conquistou um ponto sequer irá incorporar quatro juniores ao grupo principal do Galo: os laterais Rodrigo Dias e Thiago, o volante e armador Batista, e o atacante Éder Luís.
Os dirigentes também se reuniram com os jogadores, que pediram a contratação de uma psicóloga. "Chegamos à conclusão de que o problema é de cabeça", disse o vice-presidente jurídico, José Murilo Procópio. A primeira opção é Suzy Fleury, profissional que trabalhou na seleção brasileira com Vanderlei Luxemburgo.
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