Zidan, craque da seleção egípcia, fez a jogada do gol do título, marcado por Geda: rei em casa e fora da Copa| Foto: Gianluigi Guercia/AFP

Gana não conseguiu fazer frente ao Egito. O jovem time até que tentou e em boa parte do jogo foi melhor. Mas, no final, os egípcios mostraram que são os verdadeiros reis da Copa Africana de Na­­ções. A vitória por 1 a 0, com gol do talismã Gedo, garantiu o tri­­cam­­peonato e o sétimo título da competição. A taça serviu também de consolo para o Egito, que ainda tem engasgada na garganta a não classificação para a Copa do Mundo deste ano.

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"Desde que chegamos em An­­gola dissemos que estávamos aqui para vencer o campeonato. E conseguimos, mesmo tendo sido mais difícil que em 2006 e 2008", explicou o auxiliar-técnico Shaw­ki Garib.

Para ele, o time encaixou quando pôde treinar mais tempo junto. "Nós jogamos melhor du­­rante grandes torneios do que em eliminatórias. Nessas três semanas foi fácil desenvolver uma coesão. Estou realmente orgulhoso do empenho dos nossos atletas", afirmou o assistente.

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O grande herói da conquista é o reserva Mohamed Nagy Gedo. Ele não foi titular nos seis jogos do Egito, mas entrou em todos confrontos e acabou marcando cinco gols, tornando-se o artilheiro da Co­­pa Africana.

Ontem, mais uma vez ele saiu do banco, aos 25 minutos do se­­gundo tempo, e 15 minutos de­­pois fez o gol do título após tabelar com Zidan e chutar cruzado no canto esquerdo.

Gana até que tentou empatar, mas acabou esbarrando em um time bem posicionado na defesa. "Jogamos com cautela, paciência e fomos metódicos", comentou o treinador Milovan Rajevac.

O domínio egípcio no continente é gritante. São 19 partidas de invencibilidade e ainda é a se­­leção que mais troféus da Copa Afri­­cana tem em sua galeria. Além do título deste ano, o Egito foi campeão em 1957, 1959, 1986, 1998, 2006 e 2008. Já a equipe de Gana, que soma quatro taças, perdeu a chance de se aproximar do número de conquistas do rival.

"Eu queria parabenizar os Fa­­ra­ós por ganhar a terceira Copa Africana seguida. Esse time experiente, mais uma vez, encheu de orgulho seu país e demonstrou ser uma força dominante no continente africano. Realmente sentiremos falta do Egito no Mundi­­al", afirmou Danny Jordaan, se­­cretário geral do Comitê Orga­nizador da Copa do Mundo, que começará em junho na África do Sul.

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A derrota para o Egito não foi bem digerida pela seleção de Ga­­na. Para o técnico Milovan Ra­­je­­vac, sua equipe foi melhor du­­rante toda a partida e não merecia ter perdido.

"Nós jogamos buscando o gol durante toda a partida, sempre controlamos as ações. Foi uma in­­felicidade levar um gol no final", lamentou o técnico sérvio, que está no comando da seleção ganesa desde 2008.