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Jogadoras da seleção brasileira de handebol comemoram com torcedores caracterizados a vitória sobre a Argentina na final que valeu a vaga em Londres-2012 | Jefferson Bernardes/ Vipcomm
Jogadoras da seleção brasileira de handebol comemoram com torcedores caracterizados a vitória sobre a Argentina na final que valeu a vaga em Londres-2012| Foto: Jefferson Bernardes/ Vipcomm

Opinião

Altos e baixos

O Pan de Guadalajara teve um único meio-termo: os resultados nas ginásticas. Nas demais modalidades, ou se chegou ao céu ou se viveu o inferno.

Mas o purgatório ao qual a ginástica nacional se condenou preocupa. Se até Pequim o foco da confederação era a seleção feminina na artística, a rítmica reclamava de estar jogada para escanteio. Mudou a presidência e a situação se inverteu. A rítmica, apesar de um desempenho aquém no Mundial, ganhou três ouros no Pan com o conjunto e pódios inéditos no individual.

Para a artística, o Mundial também não foi bom – exceção para os homens, com dois classificados para a olimpíada e "aquecimento" para o título inédito da disputa por equipes no Pan. No México, ficou apenas com os dois bronzes da veterana Daniele Hypólito, além de brigas internas expostas e Daiane dos Santos defendendo a volta da seleção permanente, justamente a maior reclamação das ginastas em 2008.

Em tempo: no paraíso, ficaram o judô, com todos os homens fazendo as finais, com seis ouros em sete disputados. Cesar Cielo e Thiago Pereira quebraram recordes como se fosse diversão nas piscinas do Parque Metropolitano. O vôlei, o que falar? As meninas, ouro. Os rapazes, também. No atletismo, Maurren Maggi voou, os revezamentos também. Na maratona, primeiros lugar na feminina e na masculina.

Amargaram um Pan esquecível o tae kwon do, com um único bronze e as decepções de Diogo Silva e Natália Falavigna, que não chegaram às finais. O ciclismo também não teve pódios, retrocedendo às duas pratas e dois bronzes de 2007. Basquete e futebol optaram por times reservas e foram castigados ao não passar da primeira fase.

Adriana Brum, repórter

  • Erlon Silva e Ronílson de Oliveira foram bronze e garantiram vagas para a canoagem
  • Yane Marques na esgrima, uma das modalidades do heptatlo
  • Reinaldo Colucci foi ouro no triatlo e assegurou outra vaga para o Brasil
  • Bronze, o concurso completo de equitação também está dentro

O Brasil disputou o Pan de Guada­­la­­jara com os pés no México, mas já olhando para Londres. Prevendo que seria difícil tomar de Cuba o se­­gundo lugar no quadro de medalhas, o país tomou como meta classificar o máximo de atletas para a Olimpíada do ano que vem na capital inglesa.

Ao todo, os brasileiros ficaram com 141 medalhas – 48 de ouro, 35 de prata e 58 de bronze. Dessas, cinco valeram como passaporte para 23 brasileiros competirem nos Jogos Olímpicos de 2012.

"Vamos requerer mais a vaga do continente nos saltos ornamentais, com o Cesar Castro [bronze no trampolim de 3 m], já que os mexicanos [ouro e prata na prova] já tinham a vaga assegurada. Assim, o Brasil terá 24 classificados pelo Pan", afirmou o superintendente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus Vinícius Freire.

O ouro no handebol classificou as 14 jogadoras do time feminino. A prata dos homens não foi suficiente – a equipe terá de ir a um Pré-Olímpico mundial. Outro gosto teve o segundo lugar da pernambucana Yane Marques, que valeu mais uma participação olímpica. Assim como na categoria C2 1.000 m da canoagem, com Erlon Silva e Ronílson de Oliveira. Os campeões das duas mo­­dalidades já estavam classificados.

Com a vitória no triatlo, Reinaldo Colucci também coloca o esporte na próxima Olimpíada, assim como o terceiro lugar no concurso completo de equitação (CCE) foi o suficiente no hipismo. A equipe brasileira, no entanto, não conseguiu o mesmo no adestramento.

No atletismo, nenhum índice olímpico foi registrado pelos competidores nacionais, assim como nenhuma nova melhor marca veio nas piscinas para a natação.

"Conquistamos 26% das 93 vagas disputadas pelos 42 países", seguiu o dirigente. Ele amenizou os desempenhos pífios do basquete e do futebol masculino – que mandaram times sem força máxima e foram desclassificados antes das semifinais. "Eles já haviam conseguido o objetivo, a presença em Londres, no evento que era classificatório", disse.

Outras modalidades disputadas no Pan garantiam vaga a seus campeões, posição não alcançada pelos brasileiros. No pólo aquático, nado sincronizado e tênis de mesa, o país conquistou medalhas, mas as pratas e bronzes não foram o suficiente.

Ao todo, o Brasil tem garantida uma delegação de 104 atletas na Olimpíada, daqui a oito meses: 24 no basquete (masculino e feminino); 36 jogadores de futebol (masculino e feminino), Diego Hypólito e Arthur Zanetti na ginástica artística, Diogo Silva no tae kwon do, dois boxeadores, duas vagas no ciclismo, dois atiradores e a equipe de saltos no hipismo – nessas últimas modalidades, os representantes ainda serão definidos.

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