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O Paraná precisou de muita garra para vencer o clássico de sábado. Mesmo abrindo o placar logo no início do confronto, teve de superar a expulsão do atacante André Dias aos 25 minutos do primeiro tempo, uma pressão intensa até o intervalo e um gramado encharcado durante os 90 minutos para derrotar o Atlético por 2 a 0.

A postura adotada pelo rival e a conversa com o técnico Lori Sandri no vestiário transformaram o drama em alívio. Voltando mais arrumado para a etapa final, o Tricolor passou a dominar o jogo quando o zagueiro Adriano, do Rubro-Negro, recebeu o cartão vermelho. Tinham sido disputados apenas oito minutos.

"Com um a menos ficou difícil para nós. E o gramado só piorou tudo. Não dava para carregar a bola. O time foi guerreiro para vencer em um campo cheio de poças", comentou o meia Tiago Neves, armador da equipe e um dos mais prejudicados pelo péssimo estado do campo. "O intervalo fez a diferença para nós. O Lori organizou o posicionamento da equipe e alertou que, com um homem a menos, tinha de ser na garra", complementou.

O relato do camisa 10 bate com o do treinador. "A manutenção dos três zagueiros pelo Atlético (incluindo aí o recuado volante Marcus Winícius) nos deu tempo para pensar em como ajustar o time para voltar a equilibrar o jogo depois da expulsão do André Dias", disse ele, que soube aproveitar o intervalo.

"Acertamos detalhes do posicionamento e falei que tínhamos de explorar a velocidade do Borges ou de alguém que viesse de trás no contra-ataque. A gente tinha um na frente e eles três atrás, o que equilibrou um pouco as coisas. E alguns jogadores nossos se superaram, como o Tiago, o Mário César e o Borges", disse.

Quem não vai escapar de uma bronca é o "vilão" André Dias, expulso por dar um carrinho no meio do campo. "Ele vai ser cobrado. Conversei com todos antes, avisei que o árbitro não tolera esse tipo de lance. O André vai assumir a responsabilidade", contou Lori Sandri.

O zagueiro Daniel Marques elogiou a defesa tricolor, que passou sem tomar gol pela quinta vez na competição. "Isso vem do trabalho. E é mérito do sistema todo, começando lá na frente pelos atacantes. Aqui todos têm de marcar, mas também têm liberdade para atacar", explico ele, otimista para os jogos fora de casa contra Internacional (quinta-feira) e Paysandu (domingo). "Fazer pontos fora de casa é o diferencial. Temos de buscá-los."

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