Almanaque
A última (e única, até então) vez que o Paraná havia perdido para o Atlético-MG em Curitiba foi no ano de 1995: 3 a 2, pelo Brasileirão o primeiro confronto da história entre os dois clubes. De lá para cá, o Tricolor recebeu mais oito vezes o Galo, com seis vitórias (nas quais nem sequer sofreu gols em cinco partidas), um empate e agora uma derrota. Em BH são duas vitórias, dois empates e seis derrotas.
Antes os torcedores que encheram a Vila Capanema ontem tivessem ficado em casa tomando a sopa instantânea que trocaram por um ingresso. Certamente, melhor programa para uma tarde gelada do que ver a derrota de 3 a 1 para o Atlético-MG.
Mas eles preferiram enfrentar a sensação térmica de 3ºC. E a grande maioria se segurou para não ser exigente demais. A insatisfação popular só explodiu mesmo quando o árbitro encerrou a partida logo após o último gol mineiro e o time começou a descer para o vestiário.
Comportamento exatamente igual ao pregado por alguns jogadores, que nas derrotas para América-RN e Figueirense reclamaram de cobranças exageradas com a bola rolando. "Depois do jogo, se as coisas não derem certo, podem vaiar e xingar à vontade", diziam, liderados pelo goleiro Flávio.
Dito e feito. Ontem o apito final foi a senha para um bolo de torcedores se formar próximo à boca do túnel paranista. Quase todos que passavam sentiam o clima quente. Mas, talvez por ter falhado justamente no último lance, Flávio foi o mais visado, tendo de ouvir o sempre incômodo coro de "frangueiro" o atacante Vandinho, ao ser substituído, já havia ficado sabendo da pior maneira que a paciência da turma do amendoim estava esgotada.
O técnico Gílson Kleina também não escapou. Os créditos obtidos na estréia vitoriosa sobre o Palmeiras acabaram minados pelas derrotas para Inter e Galo. Como esperado, voltou toda a desconfiança dos torcedores, herança da péssima passagem pelo clube em 2004.
Apenas o meia-atacante Vinícius Pacheco se salvou. Aliás, teve até o nome gritado pela galera. Fruto das boas jogadas que conseguiu na segunda etapa entrou no lugar do lateral-esquerdo Márcio Careca ainda no primeiro tempo e do belo gol de empate marcado aos 37 minutos.
Num dia ruim, parecia que pelo menos com um ponto o Tricolor sairia. Até então havia feito uma péssima primeira etapa, na qual a defesa parou pedindo impedimento aos 23 minutos e viu Danilinho abrir o placar, além de lampejos de bom futebol após o intervalo.
Mas ninguém contava com nova falha da defesa, que permitiu ao ex-zagueiro paranista Marcos desempatar de cabeça logo em seguida. Já seria o suficiente para a torcida seguir a dica de xingar depois da derrota. Mas Flávio também deu sopa para o azar e garantiu seu próprio coro de descontentes ao falhar num cruzamento e deixar Vanderlei à vontade para colocar na rede o terceiro motivo de ira na Vila Capanema.
Sob o comando de Alcolumbre, Senado repetirá velhas práticas e testará a relação com o governo
Para comandar Senado, Alcolumbre terá PL e PT na vice-presidência. Acompanhe o Sem Rodeios
Lula encontrou um problema na economia
Barroso nega pedido da OAB para suspender regra do CNJ que compromete direito à ampla defesa
Deixe sua opinião