Análise
"Derrota tira pressão do time", diz Bernardinho
Um ano antes da Olimpíada de Londres, o técnico Bernardinho conseguiu ver um ponto positivo na derrota de ontem para a Rússia na decisão da Liga Mundial. "Talvez agora um pouco da pressão será tirada dos nossos ombros, afirmou o treinador da seleção após a partida.
Desde 2008, o Brasil não sabia o que era ficar fora do topo do pódio em uma competição. Após um ano de seca, no qual perdeu todos os títulos, inclusive o ouro nos Jogos de Pequim, o Brasil foi reestruturado.
Com novos nomes, como Leandro Vissotto, Lucas e Theo, mas mantendo uma base de jogadores mais experientes, o time voltou a colecionar troféus: em 2009, foi campeão da Liga Mundial e da Copa dos Campeões. No ano passado, ganhou a Liga e o Mundial. O que gerou espécie de obrigação de vencer. "Alguns dos jogadores mais jovens disseram que sentiram alívio, e não alegria, quando conquistamos a vaga na final, ressaltou Bernardinho. Ele mesmo já afirmou ter o mesmo sentimento.
"Agora, temos de descobrir a razão para esse resultado, analisar e saber que lição podemos aprender com esse jogo contra a Rússia, complementou o técnico. Nesse ano, a seleção ainda disputa o Sul-Americano, o Pan de Guadalajara e a Copa do Mundo.
São Paulo - Fazia nove anos que o Brasil não sabia o que era perder uma final da Liga Mundial. Ontem, a Rússia voltou a tirar a seleção brasileira a chance de, em 2011, chegar ao décimo título da competição e ampliar a fama de campeã da história do torneio.
Na final de ontem, na Polônia, a Rússia venceu a final por 3 sets a 2 (23/25, 27/25, 25/23 e 22/25 e 15/11), e chegou ao bicampeonato na competição. O primeiro título foi também sobre o Brasil, em 2002.
Para chegar ao troféu, os russos apostaram em uma equipe jovem média de idade de 25 anos, cujo maior expoente, Maxim Mikhaylov, eleito melhor jogador e melhor bloqueador da Liga, tinha só 11 anos quando seus compatriotas calaram o Mineirinho em 2002, impondo 3 sets a 1.
Quatro jogadores da atual seleção brasileira estavam naquele revés: Giba, 34, Escadinha, 35, Dante, 30, e Rodrigão, 32. Os veteranos ajudaram o Brasil a dar o troco nos russos em outras duas oportunidades: nas finais das Ligas de 2007 e de 2010. Mas, ontem, a experiência da seleção, cuja média de idade beira os 30 anos, não foi suficiente para levá-la a seu décimo título na Liga, o nono da era Bernardinho.
Os russos, como sempre, tinham como um de seus trunfos a alta estatura de seus jogadores. A equipe tem uma média de altura de 2 metros e conta com dois centrais gigantes: Dmitryi Muserskiy (2,18 m) e Alexander Volkov (2,10 m). É verdade que ambos já eram titulares há um ano, quando a Rússia perdeu a final da Liga Mundial para o Brasil, na Argentina.
Desta vez, porém, o time europeu apresentou mais volume de jogo e um saque potente, que, em muitas ocasiões, desestabilizou o passe da equipe brasileira. Também mostraram uma vibração intensa, algo pouco comum nas seleções do país. "Nosso técnico mudou nossa cabeça, formando um nova mentalidade para o time", afirmou Muserskiy, 22, após o jogo.
Com essa nova mentalidade, a Rússia fez uma campanha quase perfeita na Liga: só uma derrota para a Bulgária em 17 partidas.
"A Rússia mereceu ganhar, reconheceu Bernardinho. "Eles puseram pressão no nosso time com o saque e o ataque. Jogaram muito bem no bloqueio", emendou.
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