França e Alemanha se enfrentam hoje, às 13 horas, no Maracanã, pelas quartas de final da Copa do Mundo quem vencer, pega Brasil ou Colômbia. Duelo de gigantes com trajetórias distintas, quase opostas, nos últimos anos.
Confira as escalações de França e Alemanha e o pitaco tático para a partida
Alemães e franceses fazem raro duelo com toque de bola
Alcançar a fase decisiva do Mundial é uma rotina para os alemães. Esta é a 16.ª participação nas quartas, recorde da disputa. E, caso triunfem, estabelecem outra marca isolada, de quatro semifinais consecutivas.
"Todos nós queremos muito ganhar a Copa. Qualquer outra coisa será uma derrota. Já mostramos que podemos lidar com essas expectativas sobre a nossa seleção. Estamos acostumados com a pressão", comenta o meia Toni Kroos.
Nas duas últimas Eurocopas, os germânicos também mostraram boa forma. Em 2008, foram superados somente na finalíssima, pela Espanha. Depois, em 2012, caíram na semifinal, diante da Itália.
Do outro lado, vexames recentes não faltam. O último feito relevante dos franceses foi na Copa de 2006 vice-campeões na Alemanha, batidos pela Azzurra nos pênaltis, quando Zidane foi expulso pela cabeçada em Materazzi. Desde então, perderam o rumo. Na Euro 2008, desclassificação na primeira fase, sem vitória. Papelão repetido no Mundial da África do Sul, eliminados na etapa classificatória, com duas derrotas, um empate e só um gol marcado. Por último, caíram nas quartas de final da Euro 2012 diante da Espanha.
Mesmo a classificação para a competição no Brasil foi problemática. Na repescagem das Eliminatórias, revés por 2 a 0 para a Ucrânia, em Kiev. Na volta, vitória dramática por 3 a 0, em Paris. Para o técnico Didier Deschamps, a sorte dos Bleus mudou a partir daí.
"O dia 19 de novembro foi a chave de tudo. Era se classificar ou ficar em casa vendo pela televisão. Foi aí que tudo mudou para o nosso time, com uma nova perspectiva", afirma o ex-volante, capitão da França campeã em 1998, no massacre contra o Brasil (3 a 0).
Aliviada, a França recuperou o seu prestígio ao longo dos jogos em solo brasileiro. Foi uma das sensações da largada, atropelando Honduras (3 a 0) e Suíça (5 a 2). Praticamente classificada, decidiu poupar parte do time e empatou por 0 a 0 com o Equador. Nas oitavas, os franceses fizeram um dos confrontos mais tranquilos, 2 a 0 sobre a Nigéria, em Brasília. "Ao contrário de outras nações, como Espanha, já eliminada, Alemanha e Brasil, não chegamos como favoritos ao título. Mas evoluímos", analisa o goleiro Hugo Lloris.
A Alemanha também iniciou encantando. Na estreia meteu 4 a 0 sobre Portugal de Cristiano Ronaldo. Entretanto, oscilou nos outros três compromissos 2 a 2 com Gana, 1 a 0 nos EUA e o sofrido 2 a 1 na Argélia, nas oitavas.
"Nós não mostramos o nosso melhor até agora. Gana e EUA não tinham nada a perder, o que fez com que tenha sido difícil. Era a partida da vida deles, uma vantagem psicológica importante. Agora, são duas seleções de altíssimo nível", aponta Joachim Löw, treinador dos alemães.
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