Ginásio do Paraná recebe promessas do boxe, muay thai e vale-tudo

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Apostas das principais academias curitibanas de muay thai, boxe e artes marciais mistas (MMA) sobem ao ringue montado no Ginásio do Paraná Clube, hoje, a partir das 16 horas, para a terceira edição do Brave FC Impact. Serão 28 lutadores em ação, em combates nas categorias amador e profissional. To­­­­­­dos postulantes a engrossar a lista que tem nomes de ponta como Wanderlei Silva, An­­derson Silva e os irmãos Mau­rício Shogun e Murilo Ninja.

"O Brasil tem muitos atletas esperando oportunidades, e nós procuramos fazer nossa parte da melhor forma", diz Simone Larroque, que organiza o evento junto com Ossamu Yamauchi.

A oportunidade de lutar em um grande evento é potencializada pela presença do público. Amigos e familiares misturam-se aos fás de luta, formando uma torcida fiel e participativa. "Quando o evento é feito aqui, o efeito é imediato", afirma Ya­­­mauchi.

Entre as promessas deste FC está o manauara Erick Carlos, 20 anos. Há três anos no vale-tudo, ele foi trazido de Manaus há três anos pelo lutador veterano Cristiano Marcello. "Estive com os melhores atletas do mundo. Por isso você adquire uma experiência de ver na postura, no treinamento, no modo de lutar quando o lutador tem talento", explica Marcello, que põe o pupilo para lutar uma ca­­­tegoria de peso acima da sua (até 70 kg, ao invés de até 65 kg). "Não são dois ou três quilos que vão fazer a diferença", diz o treinador.

Do outro lado do ringue estará Gilmar Manaus, 25 anos, quatro vezes campeão mundial de jiu jítsu. No MMA, tem apenas uma derrota. No último Bra­­zilian Fight League (BFL) finalizou seu adversário em 49 segundos – a luta mais rápida do cam­­­­­­­­­peonato. "Me considero pronto porque já lutei com cara muito duro", diz Manaus.

Primos no ringue

Nas categorias amadoras do Brave FC, o público terá a oportunidade de assistir à performance de competidores ainda bastante jovens, como os primos Goiti, 16 anos, e Shyudi Yamauchi, 18 anos, que lutarão MMA e muay thai, respectivamente. Segundo o tio e treinador da dupla, Ossamu Yamau­chi, a iniciativa de competir partiu dos próprios garotos.

"Eu era contra, achava que eles eram muito pequenos. Mas quando vi que tinham talento, entraram para as competições", conta. Yamauchi aposta muito no sucesso da carreira de seus sobrinhos, que, até agora, saíram invictos de todas as lutas.

A consolidação do evento no circuito nacional de artes marciais motiva atletas a voltarem a competir. Dyego Roberto, 22 anos, ganhou na edição passada e pretende repetir o feito. "Eu me preparei demais, eu treinei como nunca treinei na minha vida para chegar lá tranquilo", relata. O treinador de Dyego, Monstro, acrescenta que a competição é importante para se adquirir experiência e incrementar o currículo.

Esse foi o mesmo motivo que levou Mário Soldado, 22 anos, a se inscrever no desafio de boxe amador. Embora já seja campeão brasileiro de tae kwon do (2001), ele acha importante aprimorar as outras modalidades para se aperfeiçoar em MMA, seu maior objetivo neste mo­­­mento. O rapaz conheceu o es­­­porte ao assistir a uma luta de Wanderlei da Silva.

"Fiquei emocionado", diz. "Meu objetivo é ganhar um título mundial, mas principalmente quero ser conhecido pelas minhas lutas".

Serviço

Brave FC Impact. Hoje, a partir das 16 horas, no Ginásio do Paraná Clube (Av. Presidente Kennedy, 2.377, em Curitiba). Ingressos: R$ 20 antecipados, R$ 25 na hora. Informações: www.bravefc.com.br.