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Atenas, Grécia (EFE/ Reuters) – Pedras e lixo se amontoam no Estádio Panathinaiko, onde os Jogos renasceram em 1896 e onde Vanderlei Cordeiro de Lima cruzou em terceiro a linha de chegada da maratona em 2004. A bagunça do lado de fora do palco de mármore é comum a todas as instalações olímpicas, construídas com bilhões de euros e agora fechadas para o público, enquanto seu futuro é definido.

Pequenos eventos de moda e testes de pneus de carros aconteceram nas arenas. Mas quase todas estão trancadas, acumulando poeira. Ciganos acampam do lado de fora da arena de tae kwon do e do Ginásio Paz e Amizade, onde o Brasil comemorou o ouro no vôlei. Passarelas construídas para os Jogos estão cobertas por lixo.

O centro olímpico de canoagem e remo Schinias, um dos melhores do esporte, está cheio de algas e sujeiras crescendo nas margens.

O Estádio Olímpico, fechado na maior parte do ano passado, foi aberto ao público no último mês só para seu aniversário. O chão da piscina olímpica onde Michael Phelps conquistou seis medalhas de ouro e duas de bronze está coberto de musgo.

A inércia e a falta de planejamento em relação às instalações espelham os problemas que caracterizaram os Jogos de Atenas. O governo admite sua falha ao não projetar um plano pós-Olimpíada, porque os esforços foram concentrados em fazer os preparativos de forma apressada, para compensar os meses de atraso.

O balanço da imprensa grega um ano após os Jogos concentrou críticas na demora em alugar as instalações que foram palco das competições olímpicas. O estado paga 100 milhões de euros por ano pela manutenção destes locais. O presidente da Companhia de Propriedades Olímpicas, Christos Hadjiemmanuil, chegou a afirmar que a Grécia "corre o risco de pagar a cada ano um estádio novo que não terá".

Um dos pontos positivos, segundo a imprensa grega, foi o aumento do turismo, que nos últimos cinco anos estava em queda progressiva. As reservas para cruzeiros subiram em até 30% neste ano.

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