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Um dia depois de falar em pedir demissão, o técnico Givanildo Oliveira trabalhou normalmente no CT do Caju ontem pela manhã. Ao mesmo tempo, o preparador físico Wellington Vero, que acompanha o treinador há 15 anos, afirmou em entrevista à Rádio Jornal, do Recife, que os dois permanecem no clube pelo menos até a partida de domingo contra o Santa Cruz, na capital pernambucana.

São pistas de que, pelo menos por enquanto, não vai haver troca no comando do Rubro-Negro. Apenas indícios, pois a cúpula atleticana, como de praxe, não veio a público esclarecer a situação. Os principais dirigentes, assim como Givanildo, não foram encontrados pela reportagem para falar sobre o assunto.

Porém, a qualquer momento, uma conversa com o "Doutor Mário", como o treinador se refere ao presidente do Conselho Deliberativo e homem-forte do Atlético, Mário Celso Petraglia, pode mudar a situação.

Depois da derrota de domingo para o Internacional, na Arena, Petraglia, o presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury, e o assessor da presidência, Antônio Carletto Sobrinho, se reuniram para analisar o problema. O teor da conversa não foi revelado, mas seu resultado não foi a decisão de demitir Givanildo prontamente.

Conveniente

De dentro do clube, surgiu a informação de que um dos motivos da tolerância momentânea seria o conhecimento do pernambucano sobre o próximo adversário, pois trabalhou no Santa até ser convidado pelo Furacão há dois meses.

Contraditoriamente, sabe-se que há duas semanas, em meio à preparação para a partida contra o Botafogo – vitória por 4 a 0, no Maracanã, que garantiu temporariamente a permanência do técnico – a diretoria entrou em contato com pelo menos três possíveis substitutos: Emerson Leão, Paulo Bonamigo e Adílson Batista. Toninho Cerezo também seria um nome forte para assumir o cargo.

Mesmo desmotivado, como transpareceu na entrevista coletiva após o jogo, Givanildo deve iniciar hoje a preparação da equipe para a próxima rodada – ontem comandou um coletivo entre os jogadores reservas.

De acordo com o sistema de relacionamento do clube com a imprensa, hoje é um dos dois dias da semana destinados a entrevistas coletivas no CT. A expectativa é de que o treinador, reconhecido por falar francamente, conte como foi a reflexão desde a noite de domingo, que o fez deixar de lado a idéia de pedir demissão. Também deve contar se houve de fato a decisiva conversa com o "Doutor Mário" ou se ela acabou sendo adiada por mais alguns dias.

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