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A guilhotina rubro-negra está afiada outra vez, esperando apenas um vacilo do técnico Givanildo Oliveira para voltar a funcionar. À sombra dela, o treinador pode sentar pela última vez no banco de reservas do Atlético na partida de hoje contra o Botafogo, às 18h10, no Maracanã.

Ao mesmo tempo em que divulgou uma nota "prestigiando" o atual comandante, a diretoria entrou em contato com pelo menos três possíveis substitutos durante a semana. Foram procurados Emerson Leão, Paulo Bonamigo e Adílson Batista. Em situação delicada, o próprio Givanildo admitiu a possibilidade de pedir demissão caso o time não reaja.

Ele só lamenta ainda não ter utilizado a força máxima do elenco. "Se perdermos para o Botafogo – Deus o livre – e me mandam embora, ou eu mesmo resolvo ir, temos de lembrar que não contei com Dagoberto, Warley, Marcos Aurélio, Michel... Mas muita gente não quer saber disso", discursou.

Givanildo teve uma conversa com o presidente do Conselho Deliverativo Mário Celso Petraglia na noite de quarta-feira. "Pelo que me falou, vamos continuar o trabalho. Não sei se depende do Botafogo ou não", contou.

Vivendo em Curitiba há pouco mais de um mês, o pernambucano não presenciou as vezes que o clube disse uma coisa e fez outra dias depois. Por exemplo as enfáticas declarações de que a possível contratação de Lothar Matthäus não passaria de invenção da imprensa.

Em situação delicada, Givanildo admitiu preocupação. "Se dissesse que não, estaria mentindo. Mas vivo nesse meio de risco e tenho de estar acostumado, sabendo que é preciso agüentar a pressão", explicou, garantindo não ter perdido a tranqüilidade para trabalhar. "De jeito nenhum, se tivesse acontecido isso eu já teria entregado o cargo."

A possibilidade de pedir para sair depende da capacidade de reação da equipe. "Se acontecer o desastre de perdermos novamente e mesmo assim o presidente disser que vou continuar, mas eu achar que é melhor não, vou embora. Também não quero atrapalhar ninguém", prometeu.

Ele ganhou novas esperanças após uma reunião reservada dos jogadores na segunda-feira, que teria elevado o ânimo durante os trabalhos da semana no CT do Caju.

Mesmo com o emprego ameaçado, decidiu poupar o atacante Dagoberto, que poderia ser um grande trunfo ficando pelo menos no banco de reservas após completar a recuperação de uma artroscopia no joelho esquerdo. "Não uso deste expediente. Seria muito arriscado para o jogador e sempre preservo muito os atletas", sustentou.

Se escapar ileso do duelo de hoje, poderá escalar Dago no jogo da semana que vem contra o Internacional, na Arena. Caso deixe o emprego, o reforço ficará de presente para o 11.º técnico a desafiar a guilhotina atleticana em apenas 16 meses.

No Rio de Janeiro

BotafogoLopes; Rui, Scheidt, Rafael Marques e Bill; Thiago Xavier, Diguinho, Clayton e Zé Roberto; Reinaldo e Dodô. Técnico: Carlos Roberto.

AtléticoCléber; Danilo, Paulo André e Alex; Jancarlos, Erandir, Alan Bahia, Evandro e Ivan; Ferreira e Pedro Oldoni.Técnico: Givanildo Oliveira.

Estádio: Maracanã. Horário: 18h10. Árbitro: Lourival Dias Lima (BA). Auxs.: Adson Lopes (BA) e Luís Carlos Silva Teixeira (BA).

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