Goiânia e Rio (AE) – O diretor de futebol do Goiás, Pedro Goulart, confirmou ontem o que todo mundo suspeitava. Os jogadores do clube goiano deverão receber prêmio extra para vencer o Corinthians no domingo. A gratificação, revela ele, será paga pelo Internacional – clube que para ser campeão brasileiro precisa vencer o Coritiba e tirar uma diferença de cinco gols de saldo em favor do time paulista.

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Em entrevista ao Globo Esporte, o dirigente disse que até chegou a colocar o capitão Paulo Baier para conversar sobre o assunto com o meia-atacante do Inter, Fernandão. Goulart disse que a prática é antiga no futebol brasileiro e no Goiás. Segundo ele, isso já ocorreu em 2003, quando os jogadores goianos ganharam dinheiro do Cruzeiro para vencer o Santos – times que então brigavam pelo título nacional. Na oportunidade, o Goiás venceu o Santos por 3 a 0. Como o Cruzeiro venceu o Paysandu, ganhou o campeonato por antecipação.

"Eu não vejo nada de mais nisso. Este tipo de negociação acontece entre os jogadores e eu até coloquei o Paulo Baier para conversar com o Fernandão. Eles é que devem discutir isso", afirmou o dirigente na televisão. "Não vejo nada de errado", acrescentou ele, lembrando que na época, o goleiro Harley e o zagueiro Fabão (hoje no São Paulo) foram os reponsáveis pelas negociações. Ontem, o volante Josué (que também se transferiu para o São Paulo) já havia dito que o Goiás recebeu dinheiro do Cruzeiro.

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Já o técnico Geninho, do Goiás, garantiu que o Goiás não encara a partida contra o Corinthians como um amistoso e, de maneira surpreendente, deu detalhes de como se dá a chamada "mala-branca" no futebol – quando um clube paga jogadores de outro para que vençam uma terceira equipe.

Em entrevista ao programa Redação Sportv, Geninho contou que normalmente, as negociações para eventuais gratificações são feitas entre os próprios jogadores. "Em geral, o diretor (do clube) procura o capitão e este entra em contato com os atletas (da equipe a quem se quer gratificar). Até mesmo para não ser acusado posteriormente. É assim que acontece. Um jogador conversa com outro e é fechado o acordo que, diga-se de passagem é sempre cumprido", revelou.