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Foram 36 minutos de tensão. Exatamente o tempo entre a expulsão de Goiano, aos 28 do primeiro tempo, e a do chileno Osório, aos 16 da etapa final. O período em que a arquibancada da Vila respirava de acordo com o ritmo da partida. Silenciava quando o Cobreloa atacava, vibrava quando a zaga do Paraná dava um chutão.

Valdenir Lazarotto, 58 anos, chegou a gritar das sociais, demonstrando toda a tensão que tomou conta do torcedor tricolor: "Se é para ser na porrada, vai ser na porrada!". Os sinalizadores cessaram. O bar do estádio ficou as moscas. Os copos de cerveja, vazios.

A estréia do torcedor paranista na Libertadores foi um teste para o coração. Necessário para quem terá agora pela frente ao menos mais três jogos em casa de emoção cada vez maior. Mas a torcida aprovou. Foram 14.953 pessoas que atuaram junto com a equipe do início ao fim da partida. E em momento nenhum desacreditaram da classificação.

Mas se quando os dois times ficaram com dez jogadores o clima começou a ficar mais ameno, a euforia foi a toda com o gol de Lima. Daí até o fim foram 17 minutos de barulho intenso que nem o gol chileno conseguiu silenciar.

"Não consigo descrever o que estou sentindo. É muita emoção", disse Cícero Dal’lin, ao fim do jogo.

Na véspera da estréia na Libertadores, o primeiro jogo, no Chile, Dal’lin não conseguiu dormir. No dia do jogo não foi trabalhar, ficou de pijama em casa de tão nervoso. Mas ontem estava com a bandeira tricolor amarrada no pescoço, não deixou o copo de cerveja vazio por um minuto e, com certeza, teve uma ótima noite de sono.

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