Maringá O gol mais bonito do Paraná no Estadual saiu dos pés de um volante. Beto dominou no peito e, da entrada da área, arriscou uma bicicleta meio sem-jeito. A bola bateu no travessão, no goleiro Colombo, e entrou mansamente na meta do Toledo. Tricolor 2 a 0.
Apesar do lance genial, fazer gols não é a sua praia. Desarmar, marcar e aparecer como surpresa no ataque são suas características mais pontuais. Mas não é com a bola no pé, apenas, que ele contribui para o crescimento do time. Beto é a voz e a razão dentro do grupo paranista.
Experiente, costuma orientar os companheiros antes, durante e depois dos jogos. Uma liderança que se não o incomoda, também não é perseguida.
"É algo natural. Pelo meu jeito de ser, fico amigo de todo mundo. Não chego dando ordens, apenas converso", comenta, rejeitando o rótulo de paizão do elenco.
Para exercer o cargo de conselheiro e puxador de orelha da turma, Beto tem uma arma da qual nunca abre mão. "Respeito é primordial", conta.
Isso não significa, necessariamente, que ele use somente palavras doces ou mantenha sempre o tom tranqüilo que lhe é peculiar.
"Dentro de campo não tem por favor. Se tiver de xingar, xingo mesmo. Todos sabem que é para o bem coletivo", complementa ele, dono de uma educação que o impede de deixar a mesa no café da manhã sem pedir licença.
Beto não é exemplo apenas no papo. Titular no Brasileiro do ano passado, acabou perdendo a vaga para Mário César. Manteve a serenidade até recuperar o espaço.
"Futebol é momento. Quando você faz um contrato, não é para ser titular ou reserva. Quem se acomoda pode ser surpreendido", afirma. "Meu caso foi uma lesão. Fiquei fora e outro jogador aproveitou bem a chance que teve para se firmar", comenta, tranqüilo.
Recuperada a posição e satisfeito com o belo gol em Toledo, Beto mostra confiança na versão 2006 do Paraná. "O time foi remontado, mas ficou uma base de um histórico bom, que foi o Brasileiro. Assim fica mais fácil. O grupo é muito bom, ninguém dá trabalho", elogia.
Na visão do capitão, a equipe vem evoluindo à medida que todos entendem o estilo de jogo desde a chegada de Luiz Carlos Barbieri, no meio da temporada 2005. A expectativa é render muito mais ainda durante o Estadual.
Um dos atletas mais antigos do clube, Beto aprovou a decisão da diretoria de voltar a jogar na sua casa verdadeira, o Estádio Durival Britto e Silva. "Fizemos bons jogos no Pinheirão, mas é uma motivação a mais atuar onde o clube tem tradição. É bom voltar para casa", resumiu.
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