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Juninho aponta para a torcida na comemoração: discurso do goleiro valorizou os paranistas que foram à Vila Capanema sob frio e chuva | Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
Juninho aponta para a torcida na comemoração: discurso do goleiro valorizou os paranistas que foram à Vila Capanema sob frio e chuva| Foto: Hedeson Alves/ Gazeta do Povo
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Eram 53 minutos do segundo tempo. Defendendo o gol do Guaratinguetá, o zagueiro Gustavo, de luvas e camisa de goleiro, substituindo Jaílson, expulso. A bola, na marca da cal. O responsável pela cobrança do pênalti, Juninho, goleiro do Paraná. Você não leu errado, isso tudo aconteceu ontem à tarde na Vila Capanema.

O desfecho da cena mais do que improvável foi o empate do Tricolor, por 1 a 1, no último lance. Valeu um pontinho a mais, que acabou diminuindo um pouco o prejuízo. Depois da Copa do Mundo, a equipe ainda não sabe o que é vencer. Em duas partidas, derrota para o Icasa-CE (3 a 0) e o empate ontem.

Resultados que fizeram o Paraná perder a liderança absoluta, curtida nos mais de 40 dias do recesso do Mundial, e terminar a nona rodada na quarta colocação, com 16 pontos. Não fosse o gol de Juninho, teria caído para a sétima.

"É um grupo que tem vergonha na cara. Eu não peguei na bola no segundo tempo. Tive a facilidade de finalizar bem. Vinha treinando e só tento ajudar", comentou Juninho, ao final do confronto. "Sou um pouco mais frio por ser goleiro e pude dar um presente aos torcedores que vieram nesse frio e chuva."

Além de protagonizar o final de contornos épicos no Durival Britto, o camisa 1 teve de arcar com a responsabilidade de acabar com uma maldição que vinha atormentando a Vila Capanema. Até a cobrança aproveitada por Juninho, o Paraná havia batido cinco pênaltis em 2010 e, acredite, perdido todos. Um deles, ontem mesmo.

Aos 20 minutos do primeiro tempo, o árbitro capixaba Marcos André da Penha marcou a penalidade máxima e Leandro Bocão engrossou a já incrível e triste estatística – antes dele, Marcelo Tos­cano (duas vezes), João Paulo e Luiz Henrique perderam, pelo Para­naense, Copa do Brasil e Série B.

Bem diferente fez o Guará. Quando teve a sua oportunidade a 11 metros da linha do gol, Lúcio Flávio esbanjou categoria e, com uma "cavadinha", mandou para a rede. Capricho que complicou, e muito, a tarde dos donos da casa. Durante todo o tempo restante, o time paranaense correu atrás do empate que só viria no inusitado gol de goleiro.

O Tricolor enfrentará o Bra­silien­se,terça-feira, em Tagua­tinga. E só uma vitória colocará o time nos trilhos. "Precisamos vencer de qualquer maneira esse próximo jogo. Não podemos mais deixar as rodadas passarem e o nosso time não subir", alertou o volante João Paulo.

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