Gol do Vasco aos 43 do 2º sufoca o grito “é campeão” do Corinthians

O Corinthians fez seu papel, venceu o Figueirense por 1 a 0, em Florianópolis, e a poucos minutos do fim da partida já soltava o grito de "é campeão". No entanto, a vitória do Vasco em cima do Fluminense (2 a 1) conteve a euforia do time paulista e deixou a decisão do Brasileiro para a última rodada, que será marcada por clássicos regionais e muita emoção, tanto na parte de cima quanto na ponta de baixo da tabela.

Com o resultado, o Timão chega aos 70 pontos – dois a mais que o Vasco – e depende apenas de um empate com Palmeiras para ser campeão. Isso porque, mesmo que a equipe de São Januário vença o Flamengo, o time paulista conta com o regulamento, já que possui duas vitórias a mais.

A esperança de levantar a taça ainda na penúltima rodada começou com o gol de Liedson, na metade do segundo tempo, depois de um primeiro tempo truncado e com apenas uma chance de gol do time catarinense. Preocupada, a equipe paulista foi pouco ofensiva e só melhorou na segunda etapa, com a entrada de Alex no lugar de Willian. Porém, foi só com a saída de Danilo, substituído por Jorge Henrique, que conseguiu chegar ao gol.

Aos 23/2.º, o meia Alex arrancou pelo meio da defesa catarinense, correu em direção à ponta esquerda e cruzou na cabeça de Liedson. Livre, ele finalizou.

A festa estava armada, mas o sonho de ser campeão antecipado acabou graças a um gol do Vasco aos 43 minutos do segundo tempo. O lance garantiu a vitória (e os 68 pontos) em cima do Fluminense. Os dois times empatavam até os 30 minutos da etapa final, quando Alecsandro – que entrou no lugar de Felipe – marcou para o time de São Januário.

O Fluminense chegou a empatar com Fred aos 38 minutos, mas aos 43, Alecsandro avançou pela direita e cruzou para Bernardo marcar o gol da vitória. "Deus me abençoou em um momento especial. Sempre sonhei passar em um momento como este", emocionou-se Bernardo.

Agora, o Vasco precisa vencer o Flamengo e torcer por uma vitória do Palmeiras em cima do Corin­­thians. Antes, porém, terá de ir ao Chi­­le decidir a Copa Sul-Ame­­ri­­cana contra a Universidad do Chile.

O técnico Tite, que se mostrava nervoso desde o início do jogo, não estava mais em campo quando Ber­­­­nardo recolocou o Vasco na briga. "Queria ficar sozinho no meu canto, pensando, mas aconteceu de forma diferente", disse, informado do gol do Vasco por um funcionário do clube. "Me deram uma bala e depois me puxaram o tapete."