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A instabilidade parece superada. Pela primeira vez em nove rodadas o Atlético fez duas boas apresentações seguidas e passou a impressão de que pode ir mais longe no Brasileiro. Depois da vitória em casa sobre o Juventude, o Rubro-Negro conseguiu um empate por 1 a 1 contra o Cruzeiro, ontem, no Mineirão.

Foi o primeiro empate da equipe, que dominou boa parte do jogo e só não voltou com a vitória por causa de dois problemas recorrentes: as falhas da defesa nas bolas altas e o alto número de oportunidades desperdiçadas pelos atacantes.

Mas se a pontaria não vai lá muito bem, pelo menos a persistência tem sido uma virtude importante. Assim como na última partida, o gol salvador veio nos últimos instantes. Desta vez o volante Alan Bahia arriscou de longe e contou com a colaboração do goleiro Fábio para empatar aos 44 minutos do segundo tempo.

Foi o prêmio pela forte pressão iniciada 17 minutos antes, quando o técnico Givanildo Oliveira resolveu abrir o time em busca do empate. Em desvantagem no placar, ele decidiu colocar o meia Evandro no lugar do zagueiro Alex e mudar do esquema 3–5–2 para o 4–4–2 (já havia substituído o inoperante Herrera por Dênis Marques no ataque).

Até então o jogo vinha equilibrado, com a vantagem mineira construída num gol estranho aos 34 minutos da primeira etapa. Depois de um escanteio batido da direita, o zagueiro Thiago Heleno cabeceou e a bola bateu em Alex e Herrera antes de sobrar para Élber. De costas, o artilheiro protegeu o lance do goleiro Cléber, virou e tocou para a rede.

Mas o temível Cruzeiro não conseguiu ir muito além disso. Em dificuldades diante da forte marcação rubro-negra, só assustou em chutes de fora da área e algumas jogadas aéreas. Um rendimento totalmente incompatível com a boa colocação na tabela.

Quando resolvia atacar, o Furacão era mais perigoso. Antes do intervalo, Fábio impediu o empate num chute à queima-roupa de Herrera. No segundo tempo a partida ficou mais aberta e o diferencial veio na mudança tática de Giva aos 27 minutos. A partir daí, Paulo André, Dênis Marques, Ferreira e Fabrício perderam boas chances.

Um sinal de que a má fase ficou para trás foi a cobrança de falta de Carlinhos Bala ter parado na trave direita momentos antes do chute de Alan Bahia que definiu o empate na falha de Fábio.

Só o gol sofrido pareceu ter acordado o Cruzeiro, sonolento durante a partida. Os mineiros foram para cima e ainda assustaram duas vezes nos acréscimos, mas era tarde para ameaçar o comemorado pontinho atleticano.

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Em Belo Horizonte

Cruzeiro 1 x 1 Atlético PR

CruzeiroFábio; Edu Dracena, Luizão e Thiago Heleno; Michel, Jonílson, Leandro Bonfim (Sandro), Wágner e Leandro Silva (Anderson); Élber (Carlinhos Bala) e Gil. Técnico: Paulo César Gusmão.

Atlético PRCléber; Danilo, Paulo André e Alex (Evandro); Jancarlos, Erandir, Alan Bahia, Fabrício e Moreno; Ferreira (João Leonardo) e Herrera (Dênis Marques). Técnico: Givanildo Oliveira.

Estádio: Mineirão. Árbitro: Antônio Hora Filho (SE). Gols: Élber (C) aos 34 do 1.º tempo e Alan Bahia (A) aos 44 do 2.º tempo. Amarelos: Edu Dracena (C); Jancarlos, Fabrício e Moreno (A). Público pagante: 16.113. Renda: R$ 141.370,00.

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