O italiano Foglia empurra a trave ao marcar o polêmico gol contra que garantiu a Espanha na final do Mundial de Futsal.| Foto: Antonio Scorza/AFP

Uma polêmica marcou a semifinal do Mundial de Futsal, ontem, no Rio de Janeiro. Azar dos italianos, eliminados fora do tempo regulamentar de jogo. Melhor para a Espanha, garantida na final do torneio pela terceira vez seguida. E para o Brasil, que despachou a Rússia em duelo equilibrado e terá a chance tão esperada de dar o troco nos atuais campeões do mundo. Justamente na decisão do torneio. Em 2000 e 2004, a Fúria derrotou a seleção verde-amarela na final e na semifinal, respectivamente.

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A classificação brasileira não teve goleada. Nem foi fácil. O time de PC de Oliveira passou sufoco para chegar à final. O 4 a 2 de ontem, no Maracanãzinho, teve cenário bem diferente dos 7 a 0 da primeira fase.

No jogo desta quinta, o fator decisivo não foi Falcão, mas a trave. A três minutos do final da partida, os donos da casa venciam por 3 a 2 e deram um contra-ataque aos russos: Khamadiev desperdiçou a oportunidade com um chute na trave. Gabriel aproveitou a decepção dos adversários e marcou o gol decisivo.

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"Nos momentos de dificuldade, a gente não subiu tanto ao ataque com medo de perder a posse de bola. A gente não pode aceitar a tensão do jogo", comentou o craque Falcão, admitindo que o time, sentindo a pressão, mostrou-se nervoso. Situação que incomodou também o técnico. "Foi um desajuste emocional, foi um desajuste técnico, foi um desajuste em todos os sentidos que poderia ter nos custado a passagem", reclamou.

A seleção também se ressentiu da falta de alguns jogadores. Além de Betão, suspenso, Schumacher (tornozelo), Marquinho (joelho), Ciço e Wilde (ambos na virilha) sentiram lesões. Suas participações na decisão de domingo ainda são uma incógnita.

Foi a segunda semifinal do dia, porém, que atraiu as atenções. A Itália conseguia, até os segundos finais da prorrogação, um empate por 2 a 2 com os espanhóis, depois de estar atrás no placar por duas vezes. O que acabou não acontecendo devido a uma decisão injusta da arbitragem, validando um gol a favor da Espanha marcado depois de o cronômetro ter zerado.

As imagens da televisão mostram claramente que, quando o italiano Foglia chutou a bola para dentro de sua própria meta, o tempo da partida havia se esgotado. Proibidos pela Fifa de consultar o vídeo, os árbitros confirmaram o gol após muita confusão: 3 a 2 para a Espanha.

"Este fato abala a credibilidade do campeonato", criticou Alessandro Nuccorini, técnico da Itália. A declaração de Andreas Werz, diretor de comunicação da Fifa, não ajudou a melhorar o ânimo italiano. "Isso é como a mão do Maradona na Copa de 1986. A partida foi repetida? Não foi. Foi gol. Coisas assim acontecem..."

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