FICHA TÉCNICA - Principais lances de Náutico 0 x 1 Coritiba
Bola passada para Marcos Aurélio. Ele encara Gladstone e parte para cima do defensor. Bola entre as pernas do zagueiro, arrancada e chute cruzado com precisão na saída do goleiro. Foi assim, com esta bela jogada, que o camisa 20 do Coritiba decidiu o jogo da noite deste sábado (20), contra o Náutico, no Estádio dos Aflitos, no Recife. O 1 a 0 foi a primeira vitória fora de casa do time no Campeonato Brasileiro e a segunda consecutiva.
Com a vitória, o Coritiba sobe para a 12ª posição, com sete pontos ganhos, podendo, na pior das hipóteses, terminar a rodada na 16ª posição, o que significa uma semana fora da zona do rebaixamento. O Náutico fica no 10º lugar, podendo cair até três posições depois dos jogos que serão realizados no domingo (21).
O Coritiba volta a campo no domingo (28) contra o Internacional no Beira Rio. O Náutico tenta a reabilitação no sábado (27) indo ao Morumbi para enfrentar o São Paulo.
Times se anulam num fraco primeiro tempo
Coritiba e Náutico desfilaram um mau futebol no péssimo gramado dos Aflitos num primeiro tempo de poucas emoções. Jogando em casa, o Náutico esteve mais presente no ataque, especialmente com o lateral-direito Sidny, mais acionado que Anderson Santana, titular do outro lado do campo. O Coritiba tentou engatar contra-ataques, alguns levando perigo à defesa do Timbu.
Sidny foi acionado aos 9 minutos e cruzou na área. Nenhum atacante alcança na área. A resposta do Coxa veio com Hugo, aos 13. O camisa 25 arriscou de fora da área e Eduardo fez importante defesa.
O lateral-direito do Náutico, aos 27, encontrou Carlinhos Bala, que isolou. Aos 31, o mesmo Sidny tentou um cruzamento que ninguém alcançou e quase foi para o gol.
O lance de maior perigo a favor do Náutico na primeira etapa foi numa cobrança de escanteio. Carlinhos Bala bateu e o zagueiro Asprila subiu mais que a defesa e cabeceou à esquerda do gol de Vanderlei.
Aos 41 minutos, Marcelinho Paraíba cobrou falta pela direita e, livre, Pedro Ken bateu fraco para a defesa de Eduardo.
Coritiba cresce e Marcos Aurélio sai do banco para as redes
O jogo no segundo tempo ficou mais movimentado, com o Coritiba crescendo de produção e apostando em jogadas de velocidade. No primeiro minuto, Leandro Donizete experimentou de fora da área, aproveitando o piso irregular. Eduardo rebateu e Hugo foi travado na hora do rebote. Dois minutos depois, Renatinho avançou pela direita e bateu cruzado, assustando o goleiro.
Aos 6 minutos, a história do jogo teve a primeira grande mudança. Carlinhos Bala lançou Gilmar, que foi derrubado por Pereira. Pênalti marcado pelo árbitro Rodrigo Nunes de Sá. O próprio Gilmar resolveu bater. Ele correu, fez paradinha, mas Vanderlei não se mexeu. O atacante teve que escolher um canto. Escolheu o direito de Vanderlei e bateu para fora. O que poderia estar perdido virou fôlego para o Alviverde.
E pensando em fôlego e em velocidade, René Simões colocou Marcos Aurélio, que após atuações apagadas tinha ido para o banco, no lugar de Renatinho, aos 10 minutos. "Eu pedi para ele entrar em diagonal", contou o treinador.
Com dois minutos em campo, aos 12, Marcos Aurélio causou o primeiro transtorno à defesa do Timbu. Ele passou pelo goleiro Eduardo e chutou. O pé salvador do zagueiro Gladstone adiou a abertura do placar. Mais seis minutos foram necessários para o efeito completo do camisa 20 ser sentido pela zaga. Aos 18, Marcos Aurélio recebeu passe na esquerda e passou por Gladstone com um drible entre as pernas do defensor. Colocando na frente, o atacante chutou cruzado no canto esquerdo de Eduardo. Estava marcado o gol que decidiu o jogo.
Marcos Aurélio poderia ter feito o terceiro aos 26, quando recebeu outro lançamento e deu uma finta em Gladstone. O chute acabou saindo fácil para Eduardo. Aos 35, o atacante recebeu de lançamento de Marcelinho Paraíba em cobrança de falta e bateu cruzado. Ninguém apareceu para completar.
Aos 37 minutos, Eduardo faz uma bela defesa em chute de Pedro Ken. No rebote, Rodrigo Heffner, que entrou no segundo tempo, arrematou contando com o desvio da zaga, com a bola saindo em escanteio.
Com o jogo chegando ao fim, o Náutico começou a partir para o tudo ou nada. Aos 40, Gilmar recebeu pela direita e bateu na rede pelo lado de fora. Nos acréscimos, duas chances foram desperdiçadas pelo Timbu. Aos 46, Vanderlei defende cruzamento de Gilmar. E o último lance do jogo, aos 48, Gladstone chutou por cima uma falta frontal da intermediária.
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