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Qual foi o melhor goleiro do Fluminense desde Paulo Victor? Desde 1989 essa comparação atormenta os goleiros que envergam a camisa 1 do clube. Equiparar Kléber, titular de 2001 até 2005, ao ídolo do clube soaria como heresia para grande parte da torcida. Mas são os próprios torcedores que dão a ele atualmente o status de ser a resposta para a repetitiva pergunta.

Para 2006, a diretoria confiou a meta a Diego, goleiro já com renome no cenário brasileiro e contratado ao Atlético-PR. A novidade deixou Paulo Victor dividido, já que sempre se mostrou um admirador do amigo Kléber. Porém, elogios ao novo goleiro não faltam.

"O Diego é muito bom goleiro. Ele sempre se mostrou ser muito seguro. Por suas atuações no Atlético-PR, principalmente na Taça Libertadores, já havia dito que ele merecia uma chance na seleção. Mas mas não é fácil ser goleiro no Rio. Ele pode vir a vencer, mas vai depender do time para render o que dele se espera", afirmou.

Se sobraram virtudes para Diego, o mesmo não se pode dizer em relação à diretoria, que, na opinião do ídolo tricolor, não agiu bem ao deixar Kléber ir embora das Laranjeiras.

"O Kléber não deveria ter saído. Acho que ele fez muito pelo Fluminense. Teve altos e baixos, mas foi muito importante, mostrou que é vencedor. O time deveria ter dois grandes goleiros, como já teve Castilho e Veludo, titular e reserva na seleção. Se o Diego for convocado, quem vai jogar? Só tem o Fernando Henrique, que não tem aquele crédito todo com o torcedor..."

Herói do time tricampeão carioca em 1983, 84 e 85 e vencedor do Brasileirão de 1984, o ídolo do Fluminense se orgulha de até hoje estar tão presente na memória da torcida tricolor.

"Para mim é um orgulho ter sido o último grande goleiro do clube. Por todo lugar que passo sou lembrado como goleiro do Fluminense. Eu briguei para fazer esse nome e ganhar títulos pelo Flu. Cheguei em 80 para ser reserva do Paulo Goulart, um grande arqueiro", relembrou Paulo Victor, deixando transparecer, no entanto, que preferia ver o clube voltar aos seus melhores anos, ainda que isso significasse a saída de cena do "time do Schwartz".

"A torcida precisa de um Brasileiro para esquecer um pouco aquele time. É por isso que ainda estamos tão vivos na memória do torcedor. Aquela equipe vestia a camisa, honrava as cores. É preciso que quem está chegando esqueça um pouco o lado financeiro e mostre amor ao clube. Somos lembrados porque o Flu pouco ganhou depois. Com as conquistas, os ídolos serão substituídos. O tempo passa e o clube fica."

Paulo Victor, Aldo, Duílio, Ricardo Gomes e Branco; Jandir, Delei e Assis; Romerito, Washington e Tato. Entre os tricolores mais antigos, há quem duvide que essa escalação tão cedo caia perdida em algum canto do inconsciente tricolor.

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