
Taffarel, goleiro campeão do mundo em 1994 e com mais duas copas no currículo (1990 e 1998) é considerado como um dos responsáveis por abrir as portas para os goleiros brasileiros no exterior. Depois dele, vieram Dida, Julio César, Doni, Gomes e muitos outros. Caio Secco pode ser mais um goleiro a seguir este caminho. O jovem de 19 anos, quarto goleiro do profissional do Coritiba e com passagens pela base do Paraná e do Atlético Mineiro, foi o primeiro envolvido em um intercâmbio que o Alviverde faz com o VVV Venlo, clube holandês que ficou em 12º no último nacional. Ele ficou por um mês treinando na Holanda e participou com destaque de um amistoso contra o PSV, vencido pelo adversário pelo placar de 3 a 0.
A partida acabou sendo a estreia dele como profissional, um dos destaques do Coxa no último Campeonato Brasileiro Sub-20. "Há uma diferença deles no jeito de jogar. Eu acabo tendo que jogar mais com os pés e me movimentando lá. Na Holanda, eles trabalham mais com firmeza para evitar dar rebote para os atacantes. É mais questão de adaptação", contou o goleiro.
Caio Secco explicou que a escolha dele para o mês de intercâmbio foi pelo fato do VVV estar buscando goleiro com perfil europeu. Os dirigentes holandeses teriam visto o DVD do jovem arqueiro. "Eles tinham interesse em continuar comigo na próxima temporada. Preferi deixar para os clubes negociarem. Meu sonho é jogar pelo Coritiba, que tem três goleiros de altíssima qualidade, o Edson Bastos, o Vanderlei e o Wanderson. Não deixa de ser uma oportunidade diferente jogar fora do Brasil, tendo 19 anos e passaporte italiano", afirmou.
No VVV Venlo, Secco lembrou que para ajudar na adaptação teve como companheiro um jogador brasileiro que estava sem contrato e fazia testes no clube, além de um português, o Diogo Viana, emprestado pelo Porto. "A língua holandesa tem uma pronúncia quase impossível, mas eu tenho boa base de inglês, a segunda língua de lá. Fiquei maravilhado com o estádio do PSV, ele tem um exterior muito diferente dos brasileiros, é um ponto turístico", contou Caio Secco, que dois dias antes de voltar ao Brasil acabou sofrendo uma lesão do pé que custará 3 semanas de molho.
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