O goleiro Roger, reserva imediato de Rogério Ceni, agitou o Centro de Treinamentos do São Paulo após participar do treino desta terça-feira. Sem o menor constrangimento, ele não economizou críticas a diretoria tricolor e cobrou a sua saída do clube. Inconformado por não ter acertado a sua transferência para o Santos, que já descartou a sua contratação, o jogador veio a público reclamar dos dirigentes, que exigiram R$ 1 milhão para liberá-lo e não demonstram interesse ao menos de renovar o seu contrato, que vence no final deste ano.

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"Estou insatisfeito no São Paulo. O que é combinado verbalmente não é caro. Estou no clube há dois anos sem aumento e a diretoria havia prometido me liberar se eu recebesse uma proposta financeira mais vantajosa. Isso aconteceu e os dirigentes não cumpriram com a sua palavra", reclamou Roger, que mais uma vez não foi relacionado para compor o banco de reservas na partida desta quarta-feira, contra o Atlético-MG, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro.

Roger participou de apenas uma partida neste ano. O goleiro atuou contra o Flamengo, quando foi considerado o melhor em campo na vitória do São Paulo por 2 a 0, no Morumbi. O jogador também atuaria no clássico contra o Santos, mas como havia recebido uma proposta do clube da Baixada Santista, ele pediu para não ser escalado. Foi o que bastou para o técnico Paulo Autuori decretar o seu afastamento até que o assunto seja resolvido entre a diretoria e o atleta.

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"Eu deveria ser liberado pelo São Paulo sem ônus nenhum para o clube que estava tentando me contratar. Mas a diretoria impediu a minha saída, pediu R$ 1 milhão para me liberar e não demonstrou interesse em reajustar o meu salário ou renovar o meu contrato", lamentou Roger.

O goleiro reserva sabe que continuará encostado no São Paulo enquanto não definir a sua situação com a diretoria. Mas, pelo menos por enquanto, não demonstra o menor interesse em ficar à disposição da comissão técnica para futuras partidas do Campeonato Brasileiro.

"Eu sigo fazendo o meu trabalho e treinando todos os dias. Se o treinador não pretende me relacionar para os jogos não é um problema meu", disse Roger, visivelmente revoltado por não ter acertado sua transferência para o Santos, que havia oferecido um contrato por três anos e onde seria titular absoluto.