A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negou nesta quinta-feira, através de nota oficial, que o ônibus que levou a seleção brasileira para o Estádio Centenário, em Resistêcia, onde seria realizado o segundo duelo com a Argentina pelo Superclássico das Américas, tenha batido em um gerador, o que poderia ter causado o "apagão" que impediu a realização da partida na noite de quarta.
"Não é verdadeira a informação de que tenha acontecido um 'acidente' com o ônibus da Seleção Brasileira, antes do jogo contra a Argentina que acabou cancelado, com uma suposta batida em um gerador no estádio em Resistência. O ônibus da deleção brasileira entrou e saiu do estádio normalmente, como podem atestar todos os ocupantes da delegação", afirma a nota, publicada no site oficial da CBF.
O governador da província do Chaco, cuja capital é a cidade onde aconteceria a partida, Jorge Capitanich, também eximiu a CBF de culpa pela falta de energia. Capitanich pediu desculpas aos público e disse que a partir de segunda-feira o clube dono do estádio, o Sarmiento irá devolver o dinheiro aos torcedores que pagaram pelos ingressos - os preços variavam de R$ 50 a R$ 150.
O primeiro blecaute realmente ocorreu no momento em que a delegação brasileira chegava ao estádio. Depois, houve quedas sucessivas de energia que culminaram com o cancelamento do jogo.
"Um cabo se rompeu e desligou a chave dos fusíveis. É um caso em um milhão", disse Capitanich em coletiva de imprensa em Resistência. O governador deu a entrevista na sede do governo ao lado de um técnico de eletricidade e assessores. "Vamos abrir uma auditoria para identificar por que não se pôde jogar".
Logo após o cancelamento do jogo, a maioria dos torcedores que estavam no estádio passou a protestar contra o fiasco. Objetos foram atirados no gramado, como copos de água e até salgadinhos.
Argentina e Brasil se enfrentariam na última quarta, mas, pouco antes do início do jogo, as torres de um dos lados do Estádio Centenário se apagaram. Duas delas voltaram a acender, mas uma não e, após aproximadamente uma hora de espera, a partida foi cancelada.
O goleiro Jefferson explicou que a decisão de cancelar o duelo entre Brasil e Argentina foi unânime. "Não tinha condições, não foi uma decisão só dos goleiros", disse o jogador do Botafogo, após o juiz consultar os dois arqueiros sobre a possibilidade de se realizar a partida mesmo com pouca luz. "Os argentinos até brincaram, que já era difícil marcar o Neymar e o Lucas no claro, imagina no escuro".
Jefferson seria o capitão do Brasil no duelo e teria a honra de levantar o troféu do Superclássico das Américas em caso de conquista da seleção. "Não esperávamos sair daqui desse jeito, esperávamos sair com o título e erguer a taça. Isso talvez seja até vaidade, esperar que pudesse levantar a taça".
Uma reunião entre a Associação de Futebol da Argentina (AFA) e a CBF deve proclamar o Brasil como campeão do Superclássico porque não haverá data disponível para a realização do segundo jogo. Na primeira partida, disputada em Goiânia, a seleção brasileira venceu por 2 a 1.
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