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A candidatura do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014 pode ser totalmente custeada pelo governo federal, embora esse não seja o combinado com a CBF. A informação foi confirmada pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, que admitiu que é o governo brasileiro corre o risco de pagar pela construção e reforma de estádios.

De acordo com o combinado com a CBF, o governo federal ficaria responsável pelas obras estruturais nas cidades, enquanto a confederação conseguiria empresas privadas que se dispusessem a investir na construção e reforma nos estádios para sediar a Copa. O ministro, no entanto, reconhece que a responsabilidade sempre será da União, caso a iniciativa privada não faça sua parte.

"A Copa do Mundo é um evento do Brasil. Assim, o governo federal é o principal fiador e assume as garantias. Os gastos podem crescer, mas esse é um risco necessário para receber uma competição importante como a Copa. Mas tenho a certeza de que o Brasil tem condição de atrair investidores privados para construir esses estádios, que é uma necessidade atualmente", diz o ministro em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, confirmando que não há um registro oficial de que a CBF ficará responsável por conseguir investidores para a construção dos estádios.

Para a Copa do Mundo deste ano, na Alemanha, foram investidos quase 1,4 bilhões de euros (aproximadamente R$ 4 bilhões) na reforma ou construção dos 12 estádios que sediaram jogos do Mundial. A grande parte desses recursos era da iniciativa privada. A África do Sul, sede da Copa de 2010, está gastando o triplo do previsto em seus estádios.

O ministro do Esporte torce para que a África do Sul consiga solucionar os problemas e realize bem a Copa de 2010. O país africano corre o risco de perder o direito de sediar o Mundial. (leia mais sobre o tema no blog do colunista Gustavo Poli). O político garante que essa situação não atrapalha os planos do Brasil.

"Torço para que a África do Sul possa realizar uma grande Copa, pois isso consolida a democracia que a Fifa quer implantar. Mas tenho certeza de que as dificuldades encontradas por eles não vão atrapalhar a nossa candidatura. O Brasil não é a África do Sul, como também não é a Alemanha. Vamos fazer uma excelente Copa, dentro das nossas possibilidades, obedecendo o padrão da Fifa", diz Silva Júnior.

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