A tentativa de Roma de sediar a Olimpíada de 2020 sofreu um duro golpe nesta terça-feira (14). O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse que seu governo não vai oferecer as garantias necessárias para apoiar a tentativa da cidade de receber o evento. A decisão deve forçar a desistência da candidatura da capital italiana.

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O governo "não se sente" capaz de oferecer esse compromisso financeiro em um momento em que está exigindo sacrifícios de grande parte da população, afirmou Monti após uma reunião de gabinete. "Precisamos ser muito responsáveis neste momento."

Monti enfatizou que ficou admirado com as "linhas gerais" do projeto do comitê da candidatura de Roma, mas que apoiá-lo poderia enviar uma mensagem de imprudência no momento em que a crise da dívida soberana que assola os mercados europeus está em curso. Assim, o primeiro-ministro rejeitou o apelo feito nos últimos dias por esportistas e artistas para que o governo desse a sustentação necessária ao pleito da cidade.

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Os custos para Roma sediar a Olimpíada de 2020 são estimados em US$ 12,5 bilhões. "Não achamos que seria coerente envolver o governo da Itália nesse tipo de garantia agora", afirmou o primeiro-ministro. A decisão dele foi apoiada por unanimidade por todos os membros do gabinete tecnocrata de Monti, disse um ministro.

A decisão do governo italiano foi tomada um dia antes do prazo para a apresentação formal dos dossiês e das garantias governamentais das candidaturas para o Comitê Olímpico Internacional (COI). Com isso, Roma deve abandonar o processo de escolha da sede da Olimpíada de 2020.

Roma foi a primeiro de seis cidades a apresentar a candidatura para os Jogos de 2020. As outras foram Baku (Azerbaijão), Doha (Catar), Istambul (Turquia), Madri (Espanha) e Tóquio (Japão). O COI escolherá a sede da Olimpíada em 2013.