Nesta sexta-feira, a partir das 15h30, será realizado o 63.º Grande Prêmio Paraná de Turfe, no Hipódromo do Tarumã. São mais de 60 anos de história de um dos páreos mais tradicionais do Brasil, principal competição em areia do país. E neste ano, promete ser uma das edições mais competitivas dos últimos tempos, contando somente com os melhores animais em campanha no país. Além disso, será o encerramento, em grande estilo, da temporada 2006 do Jockey Club de Curitiba. Milhares de pessoas devem comparecer e vibrar, principalmente, durante os 2.400 metros da prova que dá nome ao evento, a ser disputada às 21 horas.
Treze cavalos correrão o páreo principal, sendo nove animais paranaenses, três paulistas e apenas um estrangeiro, vindo da Irlanda. Os favoritos para cruzar o disco final na primeira posição são o irlandês Thompson Rouge, os paulistas Deuteronômio e Kmarote, e o paranaense Fort Bird. Nos 2.400 metros previstos para a corrida, chegará na frente o animal que demonstrar mais resistência, categoria e, naturalmente, contar com um bom trabalho de seu jóquei.
Além do Grande Prêmio Paraná, outras três corridas especiais estão reservadas para o dia de hoje. Provas de distâncias variadas, exigindo competidores de todos os tipos. Um dos destaques do verdadeiro festival de turfe será o Clássico Delegação do Jockey Club de São Paulo, a 7.ª prova na programação, a ser disputada em 1.200 metros e com 11 animais na disputa. Concorrerão cavalos e éguas consideradas velocistas. Trata-se da "Fórmula 1" do esporte.
Outra competição importante é o Grande Prêmio Governador do Estado, a 10.ª da programação, promessa de uma das mais acirradas do dia. Serão 1.600 metros corridos por cavalos chamados de "milheiros", que apresentam características específicas para essa distância. Nove animais estarão no páreo. Por fim, vem o Clássico Moysés Lupion, 8.º na programação, reservado apenas para éguas. Estarão nos 2.000 metros sete fêmeas, consideradas as melhores do Tarumã.
Atração na cabine Não só na pista de areia estão reservadas atrações. No alto da cabine, responsável pela locução da prova, estará Edson Ruck, uma legenda do turfe paranaense. Com 61 anos, Edson já narrou mais de 13 mil páreos, em 35 anos de atividade. Entretanto, mesmo com tanta experiência, a voz oficial das corridas de cavalo do Jockey Club de Curitiba sempre se emociona no Grande Prêmio Paraná. "É a emoção maior. Já narrei 30 vezes, mas é sempre um sentimento diferente", revela.
Como todo apaixonado pelas corridas de cavalo, Ruck também tem sua aposta na ponta da língua, e surpreende. "Se ganhar vai ser uma zebra, mas eu acredito que o cavalo Escriba está muito bem preparado", aponta. Entretanto, para ele, o que importa é uma vitória paranaense. "No íntimo estou sempre torcendo pelos animais da casa".