Quando for dada a largada do Grande Prêmio Paraná, amanhã, às 19 horas, no bairro Tarumã, em Curitiba, muito mais estará em jogo do que o prêmio de R$ 56 mil para o cavalo vencedor. É do sucesso do festival mais importante do estado que dependerá também o futuro do Jockey Club do Paraná.

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Com problemas financeiros e políticos durante boa parte do ano, a 64.ª edição da prova chegou a estar ameaçada de não ser realizada. Mas, após a mudança no comando da entidade, virou a esperança de guinada para o clube turfístico.

"Esperamos que seja o Grande Prêmio da virada", afirma o presidente Roberto Hasemann.

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O dirigente assumiu faz pouco mais de um mês, de forma interina, e tenta recuperar financeiramente o jóquei mais antigo do país (133 anos) sob pena do hipódromo ter de fechar as portas.

Com uma freqüência semanal de cerca de 300 pessoas, o diagnóstico já foi feito: é preciso haver uma renovação do público para se aumentar as receitas. É aí que entra o GP Paraná. Nele, pela primeira vez no ano, o Hipódromo irá receber um público eclético, bem diferente do usual.

"Hoje os nossos freqüentadores são gente de mais idade. E as pessoas morrem. Se não houver renovação do público o clube também morrerá. Com o GP, um pouco do glamour de antigamente estará de volta, com o retorno das famílias ao hipódromo", afirma Hasemann.

Amanhã, são esperadas mais de cinco 5 pessoas, das quais uma grande parcela de crianças e adolescentes. Para que a prova especial não seja apenas um evento isolado, a partir do ano que vem o jóquei deverá lançar o programa "Turfista do Futuro", que com um ônibus levará aos programas semanais alunos de escolas e faculdades.

Para a renovação dar certo, no entanto, as instalações do clube também deverão passar por uma recuperação. A idéia é deixar o que hoje já está bastante ultrapassado mais aconchegante, com bares para happy hour, etc., deixando as corridas de cavalos como mais uma opção para o novo público, e não a única atração.

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"O jóquei precisa deixar de dependar apenas das apostas", afirma o diretor de marketing do clube, Guilherme Ronconi, o encarregado do projeto.

Segundo ele, para obter a "independência" seriam necessários no mínimo R$ 30 mil mensais provenientes de outras fontes. Uma delas, a publicidade, já estará presente no GP, em forma de placas. Outras maneiras de obter receita deverão ser o aluguel de instalações para formaturas e casamentos, por exemplo, e outdoors virados para a Avenida Victor Ferreira do Amaral.