O polêmico caso de racismo envolvendo o atacante Grafite e o zagueiro argentino Desábato, do Quilmes, está perto de ser definitivamente encerrado. O jogador do São Paulo desistiu de dar prosseguimento à ação por injúria qualificada e, de acordo com sua assessoria de imprensa, não vai assinar a queixa-crime, que formalizaria a abertura do processo. Na verdade, ele tem até setembro para fazer isso, mas já tomou sua decisão. Desta forma, o inquérito será arquivado.

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"Não vou mais prestar queixa. Ele já pagou pelo que ele fez", disse Grafite.

No jogo entre as duas equipes pela primeira fase da Taça Libertadores da América, no dia 13 de abril, Grafite acusou o argentino de tê-lo xingado utilizando termos racistas. Ao final da partida, Desábato foi detido ainda no campo do Morumbi, chegou a ficar preso por 36 horas no 34º Distrito Policial e foi solto após pagar fiança.

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Grafite teria até 13 de outubro para apresenta a queixa-crime, quando o Ministério Público acionaria Desábato. Paralelamente, o são-paulino também tinha procurado um advogado para entrar com uma ação por danos morais na área cível. Agora, ele desistiu de ambas.

"O Desábato já pagou pelo que fez. Isso já é uma página virada", afirmou Grafite, que, por causa de uma cirurgia no joelho direito deve voltar a jogar somente no final deste anio.

O que Grafite quer é evitar que a sua imagem fique ainda mais associada ao caso. Desistindo da queixa-crime e do processo, ele espera não ser mais visto como o brasileiro que foi ofendido por um argentino.

"Não quero ficar marcado por isso. Quero ser lembrado pelo futebol que jogo e não pelos processos", explicou o atacante são-paulino.