Os quatro grandes clubes de futebol do Rio desprezaram a divulgação da Rede TV! como a vencedora da licitação promovida pelo Clube dos 13 para a compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro para o triênio 2012-2014. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco mantiveram a posição de negociarem seus jogos independentemente da entidade que anteriormente os representava na questão. Com a desistência da Globo e da Record em participar do processo licitatório, a Rede TV! fez uma oferta de R$ 516 milhões por ano para a exibição dos jogos na TV aberta.

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Tal montante pouca sedução causou entre os cariocas. Os presidentes das quatro potências consideram que a licitação do C13 ignora outros aspectos relevantes além do valor absoluto. "Nessas coisas você tem que considerar o conjunto da obra, que vai desde a tecnologia da emissora até a divulgação das marcas. Isso interessa aos patrocinadores", destacou Peter Siemsen, presidente do Fluminense, em entrevista à Agência Estado.

Segundo Siemsen, os rivais estão unidos na discussão de um acordo para o quarteto, dado os interesses comuns e a mesma visão que compartilham sobre o assunto. Não há, porém, nenhum compromisso de que eles não possam, em dado momento, buscar acordos individuais.

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"Estamos trabalhando com uma equipe de executivos montada para os quatro clubes, mas não há a obrigatoriedade de chegarmos a um consenso", disse Siemsen, que não quis comentar sobre possíveis conversas em andamento com emissoras interessadas. "Quanto a isso há sigilo absoluto. Só vamos divulgar quando estivermos acertados".

O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, em entrevista à ESPN Brasil, também menosprezou a oferta da Rede TV!. "Uma coisa é o dinheiro que você recebe da televisão, outra coisa é a verba que surge em função da tua imagem, marca, camisa. Se eu não levar isso em consideração, estou morto. O telespectador quer ver o futebol em empresas, emissoras que trabalham com isso, que fazem seis, sete programas por dia sobre o esporte. Essas questões são fundamentais. Para o Botafogo, isso é tangível, sim", argumentou Assumpção.

Outro motivo alegado pelo mandatário alvinegro foi o molde de distribuição do montante arrecadado com a venda dos direitos. No Clube dos 13, os times são divididos em diferentes grupos, de acordo com fatores como audiência.

"Hoje, você tem um preço mínimo fixo e uma variável ao fim da temporada, em função de uma pesquisa que dita o patamar em que você está. Esse patamar, dentro do Clube dos 13, é engessado. Você não consegue mudar no caso do Botafogo. E a diferença entre o primeiro e o terceiro grupo é de 40%. Então, sozinho, eu consigo negociar melhor, diminuir essa distância", explicou Assumpção.

A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, só se manifestou através de nota, onde frisa que o clube negociará seus próprios direitos e revoga a autoridade do C13 em negociar em seu nome.

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