Além de vencer o Monagas nesta terça-feira (16), por 2 a 1, o Grêmio marcou um golaço fora de campo na Venezuela. Antes da partida, o grupo de jogadores se reuniu para fazer doações à população de Maturín.
Em crise, o país sobrevive a regime com escassez de produtos básicos de higiene, saúde e alimentação. O clube também deixou itens que trouxe a mais já para se prevenir de problemas na estadia.
A delegação chegou a Maturín no domingo (13), em voo fretado, e voltou na madrugada desta quarta-feira (16) ao Brasil.
“Nós somos seres humanos. Eu vim de classe média-baixa e sei o que passei lá atrás. Eu cheguei e vi uma situação até arrepiante. Ser humano pegando prato de comida como se fosse o último dia de vida dele. A gente juntou uma coisa boa para eles. Essas coisas não tem preço na vida. Poder ajudar as pessoas. Quando você faz algo bom, as coisas acontecem em dobro. A gente tem uma vida só e, no final, somos todos iguais”, disse Cícero.
No treino de segunda-feira (14), o Grêmio também doou isotônicos para um time de categoria de base que treinava nas cercanias do local onde estava a delegação. A reunião dos jogadores foi depois disso e atendeu a população em geral.
“Chega a machucar o coração. Tivemos essa experiência já no ano passado. Recebemos pedidos para trazermos coisas como remédio, água, papel higiênico. Trouxemos bastante coisa. O mundo precisa olhar um pouquinho mais para a Venezuela. O que nós vimos e sentimos aqui nos últimos três dias choca. Fizemos a nossa parte, mas não é suficiente. Ajudamos algumas pessoas, mas a coisa aqui está muito feia”, comentou Renato Gaúcho.
O Grêmio chegou a 11 pontos no grupo 1 da Libertadores com a vitória diante do Monagas. A classificação às oitavas de final foi garantida com triunfo do Cerro Porteño em cima do Defensor, em Montevidéu.
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