O já apertado cronograma da obra da Arena sofreu um prejuízo expressivo com a greve do transporte público em Curitiba. Desde quarta-feira, quando a paralisação nos ônibus foi deflagrada por motoristas e cobradores, houve redução no efetivo de operários no estádio, causando transtornos que se estenderão para os próximos dias.
"Quarta-feira foi terrível. Perdemos 60% dos trabalhadores. Na quinta-feira, 25% não compareceram e nesta sexta [ontem] 10% dos operários não foram [ao canteiro de obras]", contabilizou o engenheiro Luiz Volpato, diretor de projetos e construções das obras na Arena. "É impossível mensurar o prejuízo. Certamente atrapalha muito. O replanejamento é automático e empurra as fases que não foram feitas para frente. É um efeito rebote. Ontem [quinta-feira], por exemplo, era para ter sido feito mais cimento, ficou para amanhã [hoje]", acrescentou. O trabalho seguirá durante todo o fim de semana e feriado do carnaval.
"Ontem [quinta-feira] houve uma visita à Arena e era visível a diminuição no número de operários. Prejudica porque o nosso cronograma já é apertado", afirma o secretário municipal de Copa, Reginaldo Cordeiro. Ele acompanhou o chefe executivo do Comitê Organizador Local (COL), Ricardo Trade, e o diretor do escritório da Fifa para a Copa do Brasil, Ron Delmont, em uma inspeção técnica ao estádio na quinta-feira.
Apesar da redução no ritmo das obras, o clube mantém a data anunciada para o primeiro compromisso do estádio. Um jogo entre o sub-23 e um adversário indefinido está previsto para o dia 29/3, aniversário de Curitiba.
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