"Bate nele" é desrespeito, diz pai de Rubinho
A corrente "Bate nele, Rubinho", lançada na internet por torcedores brasileiros para que Rubens Barrichello tire Lewis Hamilton da corrida, ajudando Felipe Massa, irritou o pai do piloto da Honda. Rubão Barrichello disse estar chateado com a campanha, que ele considera um desrespeito com seu filho.
"Isso é uma grande estupidez, uma afronta. O Rubinho foi duas vezes vice-campeão do mundo, tem uma série de recordes. Deveria ser bem mais respeitado", reclamou Rubão, que verá o filho sair apenas em 15° o outro brasileiro, Nelsinho Piquet, larga em 11°.
A corrente contra Hamilton também foi tema da coletiva pós-classificação. Visivelmente irritado, um jornalista inglês perguntou a Massa sobre brincadeiras feitas pelos programas humorísticos CQC, que deu uma camisa do Vasco ao piloto da McLaren, e Pânico, que atirou um gato de pelúcia no inglês.
"Respondo por mim, não pelos meus fãs. Em todo o mundo é assim. Tem programas que são sérios, outros que vão aos eventos fazer piada. Seria diferente se Hamilton fosse agredido, mas não é o caso. Não me importo (com as brincadeiras). Faço meu trabalho e vou para casa", disse o ferrarista. (LMJ)
No fim da manhã, entre o treino livre e a sessão classificatória, Anthony Hamilton demonstrava confiança na conquista do título pelo seu filho, Lewis. "Depois que formos campeões, respondo todas as perguntas que você quiser", disse, simpático, ao recusar um pedido de entrevista da Gazeta do Povo. Logo depois da definição do grid, Anthony fez uma careta nos boxes da McLaren que simbolizava a situação em que o líder do campeonato larga para a última corrida da temporada.
Dono da melhor volta da série classificatória, registrada na segunda parte do treino, Hamilton não rendeu o suficiente quando o tempo valia a pole. Sairá em quarto lugar, ilhado por problemas em potencial.
Na primeira fila, o rival Felipe Massa e o surpreendente e encardido Jarno Trulli; ao lado, Kimi Raikkonen, que fará de tudo para ajudar o brasileiro da Ferrari; logo atrás, o desafeto Fernando Alonso. O único alento é o companheiro Heikki Kovalainen, que sai em quinto.
"Kovalainen não representará ameaça alguma a Hamilton", resumiu Alonso. "Corro para mim mesmo e para minha equipe. Sinceramente, quem será o campeão não passa pela minha cabeça", esquivou-se Trulli.
Apesar da posição desconfortável, o inglês evitou demonstrar preocupação. Pelo contrário. Fez questão de colocar sua posição no grid como algo dentro do planejamento da McLaren.
"Estamos em um bom lugar para terminar a corrida na mesma posição em que ficamos hoje (ontem), o que será suficiente. Não precisamos de nada espetacular. Estou concentrado em fazer minha própria corrida", afirmou.
Concentração tem sido a marca de Hamilton no Brasil. A chegada foi estrategicamente antecipada de quarta-feira para terça, como uma maneira evitar o assédio do público e de jornalistas. No autódromo, foi sempre econômico nos gestos e nas palavras. Passou o menor tempo possível circulando pelo paddock.
Demonstrações claras de que pretende evitar o erro do ano passado, quando deixou acidentalmente o carro em neutro na primeira volta e caiu para o 12° lugar. Tema de todas as entrevistas dadas pelo inglês, para o qual ele deu sempre as mesmas respostas.
Como está lidando com a pressão? "É apenas mais uma corrida." A tentativa de tirar da Ferrari o título de construtores gera uma pressão extra? "Não preciso vencer. É uma pressão que não está sobre os nossos ombros." O que aconteceu no ano passado te faz ser menos agressivo neste ano? "Se o carro não tivesse parado, eu venceria o campeonato. Então, não tem por que mudar meu estilo."
Respostas diferentes? Como indicou Anthony Hamilton, só quando o título vier.
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