
Na disputa pelo título de melhor equipe da natação do país, os clubes brasileiros buscaram reforços no exterior. E transformaram o Troféu Maria Lenk em um festival de gringos no pódio. Das 12 finais disputadas até ontem no Rio, sete foram vencidas por forasteiros.
O tunisiano Oussama Mellouli, por exemplo, venceu os 1.500 m livre, com o tempo de 15min08s22, quase 7 segundos mais lento que sua melhor marca no ano. Campeão olímpico e companheiro de treinos do brasileiro Thiago Pereira nos EUA, ele defende o Corinthians na competição. O segundo foi Luiz Rogério Arapiraca, primeiro brasileiro a quebrar um recorde sul-americano após a era dos trajes tecnológicos. Ele fez 15min12s69 e nem sequer atingiu índice para o Mundial de Xangai, em julho. Mellouli teve mais trabalho nos 200 m livre. Superou Nicolas Oliveira por só 0s36 1min50s01. O brasileiro conseguiu apenas confirmar vaga na equipe do revezamento.
Até as finais de hoje, o Brasil tinha 12 atletas classificados (ver tabela ao lado) para o Mundial. Por enquanto são dez homens além do revezamento 4 x 200 m livre e apenas duas mulheres.
As disputas femininas, aliás, são as com maior superioridade gringa. Apenas Jessica Cavalheiro chegou em primeiro em uma prova, os 200 m livre. A norte-americana Rebecca Soni, campeã olímpica, passeou nos 200 m peito. A atleta do Minas fez 2min26s83, contra os 2min35s58 de Thamy Ventorin.
Também do clube mineiro, a zimbabuana Kirsty Coventry, campeã olímpica e mundial, venceu os 200 m costas e os 400 m medley. A prova de quatro estilos, aliás, foi dominada por estrangeiras. A espanhola Mireya Belmonte (Flamengo) terminou em segundo e a argentina Georgina Bardach (Unisanta) em terceiro. Mireya ganhou também os 800 m livre.
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