Curitiba, 21 h
Paraná
Jociel; Paulo Henrique, Rodrigo Defendi, Borges e Rafael Vaz; Luiz Camargo, Serginho, Diego e Tito; Kelvin e Renato.
Técnico: Roberto Cavalo
Operário
Ivan; Lisa, João Paulo, Vinícius e Gílson; Edson Grilo, Ceará, Cambará e Rilber; Ícaro e Mateus (Hevandro).
Técnico: Hamilton Oliveira
Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Paulo Roberto Alves Jr. Auxs.: Gilson Bento Coutinho e José Carlos Dias Passos
Com prazo para ir embora, Kelvin reestreia na Vila
Depois de ficar no banco de reservas e não ser aproveitado no clássico contra o Atlético, o atacante Kelvin será titular contra o Operário, estreando na temporada. O jogador, negociado com o lusitano Porto, deixará o Tricolor no fim de junho.
Operário quer se aproveitar da fase tricolor
Dos dez pontos que o Operário conseguiu até agora no Campeonato Paranaense, sete foram conquistados fora de casa. O objetivo na partida contra o Paraná é justamente manter o bom retrospecto nos jogos disputados longe de Ponta Grossa. Para isso, o Fantasma quer se valer da crise que atinge o time da Vila Capanema. "Vamos tentar tirar proveito da ansiedade que eles têm em conseguir a vitória. Vai ser um jogo aberto, porque também precisamos do resultado", disse o técnico do Operário, Hamilton Oliveira. Para o duelo, o treinador vai contar com as estreias do meia Ceará e do atacante Ícaro no time titular. Outro avante, Mateus, está com dores musculares e é dúvida.
A partida de hoje, às 21 horas, contra o Operário, na Vila Capanema, ficou em segundo plano para o Paraná. Ontem, o técnico Roberto Cavalo pouco falou do adversário ou do sistema de jogo que vai ser utilizado. O dia foi de desabafo. O treinador expôs publicamente a divergência que tem com Paulo César Silva, vice-presidente de futebol, e pediu mudanças no comportamento de dirigentes do clube.
Na lanterna do Paranaense e com dificuldade para definir um time titular, Cavalo ficou irritado com uma lista de dispensas formulada no início da semana sem o consentimento da comissão técnica. "Ontem [segunda-feira] quando cheguei ao clube para trabalhar, já havia essa lista. Expliquei para o Paulo [César Silva] que para o jogo de quarta [hoje] não ia ter atleta para jogar", revelou ele.
Na lista de dispensas entregue ao treinador depois da derrota para o Atlético estavam os zagueiros Wellington e Carlinhos (já liberados na última semana), além de Zé Paulo, Alan, Serginho, Chimba e Rafael Vaz. Os três últimos foram chamados de volta por Cavalo e devem ser aproveitados hoje.
Diante da crise generalizada, o técnico criticou a postura do cartola. "Fiquei muito surpreso com toda a situação. Eu acho que essas pessoas que falam ser paranistas, como o caso do Paulão, têm de ter um pouco mais de profissionalismo", opinou.
A queda de braço já havia começado na segunda-feira, quando Silva se posicionou a favor de mudanças no comando técnico do clube. O treinador do Iraty, Gilberto Pereira, chegou a ser sondado pelo Paraná, mas o presidente Aquilino Romani bancou a permanência de Cavalo.
Diante das divergências e da péssima fase do time, não dá para saber se a dupla seguirá trabalhando junta. "Em uma parceria, todo mundo tem que estar falando a mesma língua ou a coisa não anda. Agora o clube tem que ver o que é o melhor. Se é o Roberto Cavalo ou se é o Paulão", afirmou o técnico.
Por telefone, Paulo César Silva preferiu não responder às críticas. "Não vale a pena falar sobre isso agora. Temos jogo amanhã [hoje] e precisamos ganhar. A instituição Paraná é muito maior do que eu ou o Cavalo", disse.
O presidente Aquilino Romani preferiu ficar sobre o muro, garantindo por ora a manutenção de ambos. O dirigente, porém, se mostrou insatisfeito com a briga pública. "Isso [discussão] não leva a lugar nenhum. Daqui a pouco pode sobrar para os dois. Tenho mais coisas para me preocupar do que com briga entre diretor e técnico. Vamos fazer uma reunião na quinta-feira [amanhã], porque agora temos que pensar no jogo".
Ao vivo
Paraná x Operário, às 21 h, na Rádio 98 (FM 98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.